Campos em águas profundas do Espírito Santo vão produzir sem plataforma

Campos em águas profundas do Espírito Santo vão produzir sem plataforma

A diretoria da ANP aprovou nesta quinta (12) o novo plano de desenvolvimento dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, operados pela Petrobras em águas profundas da Bacia do Espírito Santo. Com investimentos de US$ 386 milhões, o projeto prevê a produção, a partir de 2023, de dois poços de gás não associado sem a utilização de uma plataforma de produção. 

O novo projeto da Petrobras consiste na conexão de dois poços diretamente à UTGC que fica no município de Linhares, no Norte do Espírito Santo, utilizando o gasoduto de 12’’ do campo de Golfinho, também na Bacia do Espírito Santo. 

A diretoria da ANP, contudo, indeferiu o pedido da Petrobras para que o contrato de concessão da área fosse ampliado, já que a estatal não apresentou uma nova curva de produção para o novo projeto. O atual contrato termina em 2035. 

Determinou ainda que, se o cronograma para implantação do projeto não for seguido, os contratos de concessão podem ser revogados e a empresa perder as concessões. 

O campos de Camarupim e Camarupim Norte produziam a partir do FPSO Cidade de São Mateus, que sofreu em fevereiro de 2015 uma explosão que matou nove pessoas e deixou 26 feridos. Desde então as atividades de produção na área estão suspensas e a Petrobras procura uma forma de restabelecer a produção de maneira economicamente atrativa para a empresa. 

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Em janeiro deste ano, a Petrobras colocou os campos de Camarupim e Camarupim Norte à venda no seu projeto de desinvestimentos. Está vendendo 100% do projeto depois de ter comprado a participação da Ouro Preto no campo de Camarupim Norte, negociação que ainda precisa de aprovação da ANP. 

O teaser de venda dos projetos indica produção de 1,5 a 1,6 MMm³/d de gás e entre 250 e 300 m³/d de condensado a partir de 2023 nos campos. 

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