BRASÍLIA – As temperaturas mais elevadas impulsionaram o consumo de energia elétrica nas duas primeiras semanas de outubro em boa parte do país, seguindo as tendências observadas em agosto e setembro deste ano.
Dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mostram que, no início do mês, o Brasil utilizou 67.627 MW médios, volume 4,2% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.
No mercado regulado, o crescimento foi de 7%, puxado principalmente por um uso maior de ventiladores e ar-condicionado. Já o mercado livre, no qual a indústria e grandes empresas podem escolher o seu fornecedor, houve um leve recuo de 0,2%, provocado por uma demanda menor na indústria automotiva, química e têxtil.
Entre os 15 setores da economia monitorados pela CCEE, as maiores altas nas duas primeiras semanas de outubro foram registradas na extração de minerais metálicos, na indústria de bebidas e nos ramos de comércio e serviço.
Consumo por região
O calor registrado em quase todos os estados provocou um consumo maior de energia elétrica no Acre, que teve uma carga 25,8% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, Maranhão (19%), Mato Grosso (17,8%) e Amazonas (16,6%).
Já as reduções registradas pela CCEE ocorreram no Amapá (-3,6%) e Ceará (-3,7%), além do Tocantins (-11,3%) – os dados são preliminares.
Na geração de energia, as instalações solares tiveram um aumento de 45,7% na quantidade de eletricidade fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com 2.830 MW médios.
As hidrelétricas forneceram 46.784 MW médios, crescimento de 9,1% frente a igual período do ano passado. Enquanto os parques eólicos produziram 13.720 MW médios, leve avanço de 0,7%.
O aumento da geração renovável contribuiu para um recuo de 18,4% na produção das térmicas fósseis.