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O Brasil deve atrair 50% do investimento mundial no mercado de subsea para petróleo e gás. A avaliação é de Rachid Félix, chairperson da sessão 3 do SPE Brazil Subsea Symposium: Unleashing the potential of Subsea 4.0, que acontece em 18 e 19 de junho, na Firjan, no Rio de Janeiro.
O painel vai discutir como a indústria subsea pode desenvolver novas tecnologias em um ambiente naturalmente conservador, já que os riscos e os acidentes são muito caros para toda a indústria. A ideia é levar para a mesa de discussão como conciliar segurança com o desenvolvimento de novas tecnologias. “Esse é um grande desafio. Temos que enfrentá-lo. Quanto mais rápido quisermos andar maior será o desafio a ser vencido”, diz Félix.
O evento vai discutir também otimização de novas tecnologias, já que o modelo de negócio da área de petróleo mudou profundamente depois da última crise. Agora, novas tecnologias são necessárias e os tempos de desenvolvimentos mais curtos. “O cenário atual faz com que o negócio do petróleo demande viabilidade – não somente no longo prazo – mas também no curto prazo. A sobrevida do modelo de utilização energética está em processo de mudança”, lembra Félix.
Félix alerta que, com as mudanças recentes na regulação brasileira, o país passará a ter um leque de operadoras, desde as majors até as companhias independentes. A visão é que toda mudança vai ajudar na implementação de novas tecnologias. Enxerga novos desenvolvimentos vindo inclusive de empresas independentes.
“Esse é o grande atrativo dessa mudança estrutural. Antes o mercado brasileiro era bastante lento. Com a abertura do mercado, teremos empresas também grandes mas com culturas diferentes. Com problemas e soluções diferentes. E também vamos começar a ver pequenas empresas desenvolvendo projetos de forma rápida. Passaremos de um operador para talvez 15 ou 20 muito rapidamente”, afirma.
Rachid lembra que o SPE Brazil Subsea Symposium é uma continuidade de diversos fóruns que acontecem há muitos anos onde se juntam empresas e especialistas para discutir abertamente. “É efetivamente um fórum de discussão tecnológica para a área submarina”, diz.
O petróleo deixou de ser um recurso escasso e existe em abundância. O custo de retirá-lo – na comparação com as demais fontes de energia é hoje o principal desafio – e vai mover a indústria para acelerar a redução do custo de produção, o aumento da segurança e uma eficiência do sistema. Isso acontecerá também no subsea.
“Esse dilema é sempre acelerado por uma bela competição, que é sempre positiva. O mundo se move mais rápido com competição”, conclui Félix.