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bp estuda implantar hub de gás natural em Pecém

Hub de gás com capacidade instalada prevista de cerca de 2,2 GW pode gerar até 5 mil empregos durante sua construção

Hub de gás natural no Porto do Pecém: Governo do Ceará e empresa britânica assinam memorando de entendimento. Foto: Queiroz Netto/Governo do Ceará
Hub de gás natural no Porto do Pecém: Governo do Ceará e empresa britânica assinam memorando de entendimento. Foto: Queiroz Netto/Governo do Ceará

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O governo do Ceará assinou nessa segunda (17/1) memorando de entendimento (MoU) com a bp para a potencial implantação de um hub de gás natural no Porto do Pecém. De acordo com o presidente da companhia no Brasil, Mario Lindenhayn, o hub pode ter capacidade instalada de cerca de 2,2 GW e gerar por volta de 5 mil empregos durante a construção.

— “É importante entender essas oportunidades e trabalhar em conjunto para que o Brasil assuma sua capacidade de representar todo seu potencial em energias renováveis. Diante disso, o estado do Ceará faz parte de uma região-chave para a nova estratégia da bp”, disse Lindenhayn, durante a cerimônia de assinatura do memorando.

— Vice-presidente sênior da bp, Federica Berra reforçou o papel do gás na transição energética e no processo de descabonização da empresa. “Temos a ambição de ser uma empresa neutra em carbono até 2050 e o gás faz parte deste processo. A longo prazo, vemos o gás descarbonizado como um componente essencial de um futuro neutro em carbono.”

— A bp já está investindo R$ 1,4 bilhão em energia solar no Ceará, em dois parques fotovoltaicos. A UFV Milagres entrará em operação neste ano, terá capacidade de 202 MW e receberá um investimento de R$ 600 milhões. Já o parque de Icó terá uma potência de 265 MW e um investimento de R$ 820 milhões.

— O hub de gás natural de Pecém também pode ser mais um passo na estratégia de hidrogênio da bp. A empresa anunciou, no fim do ano passado, que irá produzir hidrogênio verde (H2V) a partir de 2025. E a produção de hidrogênio é apontada pela EPE como possível rota para o gás natural na transição energética.

— Além disso, Pecém vem se firmando com hub nacional para a produção de hidrogênio verde. O governo do Ceará prevê investimentos de cerca de US$ 10 bilhões no polo de H2V do porto.

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Edital para capacidade firme no Gasbol A TBG disponibilizou nessa segunda (17/1) o edital da Chamada Pública 03/2021 para contratação de capacidade firme anual no Gasbol de 2022 a 2026. A licitação foi autorizada pela ANP.

— Os participantes terão até 21 de janeiro para se inscrever no processo, disponível no Portal de Oferta de Capacidade (POC). A divulgação dos habilitados acontecerá em 24 de janeiro.

— A assinatura do contrato de transporte tem data prevista para ocorrer entre 21 e 25 de fevereiro. O início da prestação de serviços acontecerá após todos os trâmites necessários, conforme cronograma, estimados para 1º de março de 2022.

— A CP03/21 estava prevista para o ano passado, mas não foi realizada. Para garantir a continuidade dos serviços de transporte do Gasbol, a TBG lançou uma chamada extraordinária para 2022. A Petrobras arrematou toda a capacidade ofertada, com 19,7 milhões de m3/dia de capacidade de entrada e 17,7 milhões de m3/dia de capacidade de saída.

Cegás lança nova chamada para gás A Companhia de Gás do Ceará (Cegás) lançou uma nova chamada pública para a compra de gás natural a partir de 2022. A distribuidora faz parte do grupo de concessionárias que tem mantido o suprimento a partir de liminares contra a Petrobras.

A Cegás tenta contratar 600 mil m³/dia, com início em 1º de março e duração de até quatro anos. Poderão participar produtores, importadores e agentes comercializadores.

— Com o fracasso das negociações em 2021 para atender ao mercado a partir deste ano, diversos estados acionaram a Justiça para manter as condições de fornecimento por seis meses, sem o reajuste de cerca de 50% proposto pela Petrobras.

Petrobras registra recorde de produção do pré-sal em 2021 A Petrobras registrou o seu recorde anual de produção no pré-sal em 2021, com 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed). O volume corresponde a 70% da produção total da companhia, que foi de 2,77 milhões de boed no ano passado. O recorde anterior era de 2020, quando foi alcançada a marca de 1,86 milhão de boed, representando 66% da produção total da Petrobras.

Wintershall Dea deixa o Brasil A Wintershall Dea decidiu encerrar todas as suas operações no Brasil e fechar o atual escritório no Rio de Janeiro. A petroleira alemã possui participações em nove blocos exploratórios nas bacias de Potiguar, Ceará, Campos e Santos.

A empresa garante que o término das suas operações no país será feito de acordo com todos os termos contratuais e normativas legais.

Os preços do petróleo subiram nessa segunda (17/1) com os investidores apostando que a oferta global irá permanecer apertada, apesar de que a restrição pelos principais produtores foi parcialmente compensada por um aumento da produção da Líbia.

— O Brent fechou em alta de 0,42 dólar, ou 0,5%, para 86,48 dólares o barril. O WTI subiu 0,53 dólar, a 84,35 dólares por barril por volta das 16h (horário de Brasília). O comércio foi moderado devido ao feriado norte-americano em homenagem ao líder dos direitos civis assassinado Martin Luther King Jr. Reuters

MME defende B10 O Ministério de Minas e Energia (MME) defendeu nessa segunda (17/1) a legalidade da decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter em 10% o teor de biodiesel no diesel ao longo de 2022. Uma ação popular na Justiça Federal de Porto Alegre (RS), vem tentando reverter essa decisão, retomando a progressão original do mandato de biodiesel — que seria de 14% a partir do 2º bimestre deste ano.

— Em nota, o MME argumenta que os formuladores da política energética nacional devem proteger o consumidor quanto ao preço, e que aumentar a participação da mistura poderia trazer “reflexos diretos no aumento da inflação”.

Energia vai pressionar próximo governo O próximo governo terá de lidar com aumento da tarifa elétrica, após contratações para garantir o suprimento durante a crise hídrica de 2021, e enfrentar a revisão do setor elétrico, para buscar soluções estruturais para as contas mais caras. É o que alertam especialistas no setor de energia do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

— Os principais custos para o consumidor, além do encarecimento da geração pela maior contratação de térmicas, está no pagamento dos empréstimos às distribuidoras, com a Conta-Covid e a Conta-Escassez Hídrica. O pagamento das duas operações se estenderá pelos próximos anos e deve pressionar a conta de luz dos consumidores.

— As ações que precisam ser feitas no futuro, segundo o coordenador de Energia do iCS, Roberto Kishinami, passam por limitar o uso de fósseis para geração de energia, por serem mais onerosas para a conta de luz, e estimular a eficiência energética.

Distribuidoras lucram mais com crise hídrica Levantamento da Economatica feito para a Folha de S. Paulo mostra que, mesmo mais endividadas, as distribuidoras de energia lucraram, em média, muito mais durante o ápice da mais recente crise hídrica. A alta nas contas de luz deu combustível para a elevação da inflação.

— De junho a setembro de 2021, o lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de companhias elétricas foi de R$ 110 bilhões. A média mensal é de R$ 27,5 bilhões, ante R$ 14,8 bilhões por mês em igual período do ano anterior. Empresas como Energisa, Celpe, Cesp, Neonergia e Rede Energia registraram as maiores altas de Ebitda no período, com variação de 46% a 62%.

— Analistas do mercado dizem que boa parte da alta se deve a um socorro excessivo do governo Jair Bolsonaro (PL) ao setor. Além da segunda rodada de empréstimos coordenada pelo BNDES, as empresas contaram com a postergação do pagamento de encargos e impostos.

Mercado livre pode gerar R$ 6,3 bi em investimentos Projeção da consultoria Thymos Energia feita para o Valor mostrou que o mercado livre de energia pode gerar R$ 6,3 bilhões em investimentos em dez anos somente na captação de clientes.

— O cálculo se baseia no número de potenciais consumidores que podem migrar para o mercado livre. Segundo o sócio e diretor da área de consultoria da Thymos, Alexandre Viana, cerca de 63 milhões de unidades consumidoras (UCs) farão a migração. Considera que a partir de 2024 o mercado livre vai abrir para todos os consumidores da alta tensão, como quer o Ministério de Minas e Energia (MME), e em 2026 a abertura segue para a baixa tensão.

— Segundo a Thymos, o custo das empresas para alcançar um consumidor que queira migrar do mercado regulado para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) é superior a R$ 1 mil. No entanto, o valor deve cair para apenas R$ 100 com os processos de digitalização.

— Estudo inédito da CCEE mostra que, pelas regras atuais, 17,5 mil unidades consumidoras do estado de São Paulo já poderiam migrar para o mercado livre. Hoje o estado dispõe de 8,7 mil UCs sob este modelo de contratação.

Enel X testa ônibus elétrico em Goiás O governo de Goiás, em parceria com a Enel X, apresentou nessa segunda (17/1) o ônibus articulado 100% elétrico, que será testado por 30 dias na região metropolitana de Goiânia para avaliação da viabilidade técnica e econômica do transporte coletivo eletrificado. Num primeiro momento, os testes serão feitos sem passageiros.

— Durante o mês de experiência serão avaliados os indicadores operacionais de manutenção do modal e o funcionamento do sistema eletrônico de monitoramento na linha do Eixo Anhanguera e extensões.

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