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bp adquire participação em projeto de captura de carbono no Reino Unido

bp adquiriu uma participação não operada de 40% da Viking CCS; Harbour Energy mantém-se como operadora com 60% de participação 

bp adquire participação em projeto de captura de carbono no Reino Unido. Na imagem: Plataforma em alto mar. Projeto Viking CCS, de transporte e armazenamento de carbono (Foto: Divulgação/Harbour Energy)
CO2 será armazenado em campo esgotado, com capacidade para armazenar até 300 milhões de toneladas do gás de efeito estufa (Foto: Divulgação/Harbour Energy)

BRASÍLIA — As petroleira Harbour Energy e bp anunciaram nesta terça (11/4) um acordo para desenvolver o projeto de transporte e armazenamento de carbono no projeto Viking CCS, no Mar do Norte. Localizado perto da região industrial de Humber, no Reino Unido, o empreendimento tem potencial para atingir um terço da meta nacional de capturar e armazenar até 30 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030.

No acordo, a bp adquiriu uma participação não operada de 40%. A Harbour mantém-se como operadora da Viking CCS, com 60% de participação.

O anúncio segue o lançamento, pelo governo do Reino Unido, da segunda fase de sua política para facilitar a implantação de quatro clusters de captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS, em inglês) até 2030.

Segundo as companhias, o Viking CCS é um dos dois principais concorrentes de sistema de transporte e armazenamento. A estimativa é que o empreendimento possa desbloquear até 7 bilhões de libras em investimentos em toda a cadeia de valor do CCUS na próxima década.

Harbour e bp já compartilham uma participação no gasoduto Lincolnshire Offshore Gas Gathering System (LOGGS), que deve ser reaproveitado como parte do projeto — uma oportunidade de baixo custo para conectar os clientes aos esgotados campos de gás da Viking, dizem em comunicado.

A capacidade de armazenamento verificada no campo é de 300 milhões de toneladas de CO2.

O empreendimento também tem acesso a um novo terminal de embarque de CO2 planejado no Porto de Immingham da Associated British Ports, com potencial para transportar e armazenar o gás de efeito estufa vindo de outras partes do Reino Unido, ou até de outros países.

A decisão final de investimento deve sair em 2024, a depender do resultado da segunda fase do processo de sequenciamento de clusters do governo. O projeto pode estar operacional já em 2027 e armazenar potencialmente até 10 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030.

Começa o armazenamento de CO2 no Mar do Norte

O consórcio Greensand inaugurou no início de março o projeto de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês), com a primeira injeção de dióxido de carbono (CO2) em um campo de petróleo esgotado no Mar do Norte dinamarquês.

É o primeiro projeto de armazenamento transfronteiriço de CO2 offshore do mundo e tem 23 parceiros, entre eles a petroleira alemã Wintershall e a multinacional de químicos INEOS.

Com subsídio dinamarquês. O país espera chegar a uma redução de 70% nas suas emissões até 2030 e está investindo no CCS como uma das ferramentas para chegar lá.

O CO2 é capturado na Bélgica e transportado por navio para ser injetado em Nini, a 200 km da costa do Mar do Norte.

Greensand está em fase piloto. O gás injetado esta semana ficará armazenado a uma profundidade de cerca de 1.800 metros abaixo do fundo do mar, onde será monitorado.

A decisão final de investimento está prevista para o segundo semestre de 2023, com prazo de entrega de cerca de 24 meses.