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Bolsonaro reafirma que quer “se livrar” da Petrobras, e gasolina atinge o maior valor do século

15/01/2020 Audiência com Ministro de Minas e Energia e o Diretor-Geral da Itaipu Binacional
(Brasília - DF, 15/01/2020) Audiência com Bento Albuquerque, Ministro de Estado de Minas e Energia; e General Joaquim Silva e Luna, Diretor-Geral da Itaipu Binacional.

Foto: Marcos Corrêa/PR
15/01/2020 Audiência com Ministro de Minas e Energia e o Diretor-Geral da Itaipu Binacional (Brasília - DF, 15/01/2020) Audiência com Bento Albuquerque, Ministro de Estado de Minas e Energia; e General Joaquim Silva e Luna, Diretor-Geral da Itaipu Binacional. Foto: Marcos Corrêa/PR

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em jogo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a repetir no sábado (6/11) que o governo estuda alguma forma de privatizar a Petrobras. Em discurso a apoiadores após uma motociata na cidade de Ponta Grossa (PR), o presidente afirmou que deseja “se livrar” da estatal, segundo O Globo.

— Bolsonaro argumenta que apesar de não poder interferir na forma como a estatal define os preços, ele é responsabilizado pela população pelos aumentos.

— “Sabemos da inflação, aumento de combustível. Sabemos da Petrobras, é independente, infelizmente. E nós estamos buscando uma maneira de ficar livre da Petrobras. Fatiar bastante, quem sabe partir para uma privatização”, disse Bolsonaro.

— Na sexta (5/11), a Petrobras informou que consultou os ministérios da Economia e de Minas e Energia e que ambos negaram a existência de qualquer estudo ou plano para privatizar a empresa

— Desde 2011, a Petrobras já se desfez de 80 ativos, como campos de petróleo, refinarias e gasodutos, mas pouco mudou em sua posição dominante no setor. Responde pela operação de 92% da produção de óleo e gás, 98% do refino e entre 80% e 85% do abastecimento de gasolina e diesel, aponta também O Globo.

— Segundo o jornal, a presença maciça da Petrobras e obstáculos técnicos e regulatórios para ampliar a competição no setor dificultam um alívio em preços como os dos combustíveis em momentos de alta do petróleo no mercado global, como agora.

— E novamente a ANP verificou aumento de preços nos postos, de acordo com seu levantamento semanal, aponta o Valor. Com isso, a pressão sobre a inflação deve se acentuar em novembro.

— O litro da gasolina aumentou 3,15% na semana passada, para R$ 6,562. Em outubro, atingiu preço médio de R$ 6,341, o patamar mais alto deste século, tanto em valores nominais quanto ajustados à inflação, segundo o monitor de preços do Observatório Social da Petrobras (OSP), entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). A alta nos postos já chega a 45,3% no ano.

— O diesel S-10 subiu 4,8% nos postos, para um valor médio, na bomba, de R$ 5,29. No ano, acumula aumento de 42,3% nas bombas. Em outubro, o valor médio do litro vendido nos postos foi de R$ 5,096, segundo a ANP, valor mais alto desde 2012, quando o produto começou a ser vendido no Brasil, aponta o OSP.

— O aumento do etanol hidratado nas bombas chega a 59,3% no ano. Enquanto o gás natural veicular (GNV) acumula alta de 33,1%.

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PetroRio negocia Albacora e Albacora Leste A PetroRio anunciou na sexta (5/11) que, em consórcio com a Cobra, foi escolhida pela Petrobras para participar de negociações exclusivas para os termos finais de compra e venda dos campos de Albacora e Albacora Leste, em águas profundas da Bacia de Campos.

— Em setembro, a Petrobras anunciou que recebeu ofertas dos consórcios PetroRio e Cobra e EIG Global Energies Partners, Enauta e 3R Petroleum. A estatal estimava que as propostas podiam superar US$ 4 bilhões para ambos os campos.

— Albacora começou a produzir em 1987, e a venda inclui duas plataformas de produção e processamento, a semissubmersível P-25 e o FPSO P-31. Já Albacora Leste começou a produzir em 2006 a partir do FPSO P-50, que ficou marcada como a plataforma da autossuficiência do Brasil em petróleo.

Petrobras conclui venda de participação em geradoras A Petrobras concluiu na sexta (5/11) a venda de suas participações acionárias de 20% na Termelétrica Potiguar (TEP) e de 40% na Companhia Energética Manauara (CEM) para a Global Participações Energia (GPE).

— A operação foi concluída com o pagamento de R$ 155,6 milhões à Petrobras, já com os ajustes previstos nos contratos, sendo R$ 79,4 milhões pela TEP e R$ 76,2 milhões pela CEM.

— A TEP é uma holding controlada pela GPE, detentora de 80% do seu capital social, e possui participações societárias diretas na Areia Energia e Água Limpa Energia, proprietárias de PCHs localizadas em Tocantins, com capacidades instaladas de 11,4 MW e 14,0 MW, respectivamente.

— A TEP ainda detém 60% do capital social da CEM. Esta possui uma termelétrica a gás natural no Amazonas, com 85,4 MW de capacidade instalada.

Importações de petróleo da China caem a níveis de 2018 Em outubro, as importações de petróleo pela China caíram para o seu nível mais baixo desde setembro de 2018. Grandes refinarias estatais retiveram as compras devido ao aumento dos preços, enquanto as refinarias independentes foram restringidas por cotas limitadas.

— Segundo dados da Administração Geral das Alfândegas, a China comprou 37,8 milhões de toneladas de petróleo (8,9 milhões de barris por dia) no mês passado, ante 9,99 milhões de bpd em setembro e 10,02 milhões de bpd em igual mês de 2020.

— De janeiro a outubro, as importações totalizaram 425,06 milhões de toneladas, ou 10,21 milhões de bpd, queda de 7,2% com relação ao ano anterior. CNN Brasil

Acidente em plataforma na Líbia Três pessoas morreram e uma quarta estava desaparecida após um acidente ocorrido na sexta (5/11) na plataforma de petróleo de Al-Buri, na costa da Líbia, informou a empresa Mellittah Oil and Gas. AFP

Ônibus elétricos no Rio de Janeiro A Enel X Brasil, do Grupo Enel, inicia este mês a operação dos seus primeiros ônibus elétricos no Brasil, em uma parceria com a Prefeitura do Rio. O programa Verão Verde vai oferecer passeios turísticos gratuitos em ônibus elétricos pelas principais atrações culturais de Madureira, Zona Norte da cidade.

— A Enel X foi escolhida após convocação pública realizada pela prefeitura e será responsável pela operação, manutenção e custo de recarga da frota que integra o programa. Ao todo, serão quatro veículos em operação, sendo três elétricos e um a gás.

— Os ônibus elétricos do circuito cultural de Madureira virão equipados com carregadores de aparelhos de celular. A Enel X também será responsável pela instalação da infraestrutura de recarga para os ônibus, além da seleção e treinamento dos condutores dos veículos.

— Cada ônibus 100% elétrico BYD evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo (Considerando 72.000 km rodados/ano).

Aneel homologa leilão emergencial A diretoria da Aneel aprovou por unanimidade, em reunião extraordinária nesse sábado (6/11), a homologação do leilão emergencial realizado em 25 de outubro. Foram contratados 775,8 MW médios, de 17 novos projetos – 14 térmicas a gás, uma a cavaco de madeira e duas solares fotovoltaicas.

— A reunião retomou um processo interrompido por liminar concedida na sexta (5/11) por um juiz da Vara Federal Cível e Criminal da seção judiciária de Paulo Afonso (BA), que viu risco para os consumidores no resultado do leilão, por aumentar o preço das tarifas de energia. Estadão

Nuclear como solução climática Na COP26, em Glasgow, na Escócia, defensores da energia nuclear participam da conferência para defender a expansão da fonte, impulsionados pela crise climática.

— “Esta COP é talvez a primeira em que a energia nuclear tem lugar na mesa de negociações, é levada em consideração e pode falar sem o fardo ideológico que existia antes”, comentou o argentino Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

— Ganha importância o argumento das termonucleares sobre suas baixas emissões de CO2, concentradas na extração de urânio e no concreto para as usinas. “A energia nuclear é parte da solução para o aquecimento global. Não é uma panaceia, pode não ser para todos, mas já fornece mais de 25% da energia limpa”, disse Grossi. AFP

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