Bolsonaro defende "limpa" no Ibama e no ICMBio

De acordo com o presidente, “em torno de 40% das multas aplicadas no campo serviam para retroalimentar uma fiscalização xiita

(Ribeirão Preto - SP, 29/04/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante visita a estande da Agrishow 2019.
Foto: Alan Santos/PR
(Ribeirão Preto - SP, 29/04/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante visita a estande da Agrishow 2019. Foto: Alan Santos/PR
(Ribeirão Preto – SP, 29/04/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante visita a estande da Agrishow 2019.
Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira (29/4) uma  “limpa” no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para colocar pessoas que estejam ao lado daqueles que produzem. “Tem que haver fiscalização sim, mas o homem do campo tem que ter o prazer de receber o fiscal e, num primeiro momento, ser orientado para que ele possa cumprir as leis”, disse ao participar da abertura da 26ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), feira do agronegócio que acontece em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

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De acordo com o presidente, “em torno de 40% das multas aplicadas no campo serviam para retroalimentar uma fiscalização xiita, que buscava atender apenas nichos que não ajudavam o meio ambiente e muito menos aqueles que produzem”.

Mais cedo, a epbr mostrou que, depois de colocar policiais militares em toda diretoria do ICMBio, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nomeou nesta segunda-feira o policial militar aposentado Luís Gustavo Biagioni para ocupar a diretoria de Planejamento, Administração e Logística do Ibama. Ele vai substituir Luiz Eduardo Nunes, funcionário de carreira do órgão ambiental que foi exonerado no último dia 18.

Luís Gustavo Biagioni foi chefe do Estado Maior do Comando de Policiamento Ambiental do Estado de São Paulo na PMESP. Se aposentou recentemente na Polícia Militar de São Paulo.
Na última quarta-feira, o ministro Ricardo Salles usou o Twitter para anunciar  quatro militares para cargos de diretoria no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Contrário a fusão do ICMBio com o Ibama, pauta defendida por Ricardo Salles e Jair Bolsonaro, o ex-presidente do Instituto Adalberto Eberhard pediu demissão do cargo no último dia 15 alegando razões pessoais. Uma semana depois, os demais três diretores também renunciaram aos cargos.
O Ibama e o ICMBio têm sido alvo de críticas constantes do presidente Jair Bolsonaro e também do ministro Ricardo Salles. O presidente afirmou, em uma Live feita no Facebook no último dia 19, que o Ibama “é um órgão muito mais aparelhado que o próprio Ministério da Educação”. Afirmou ainda que sua gestão continuará fazendo mudanças no Ibama: “Quando um fazendeiro recebe um fiscal, ele tem que ter prazer de receber o fiscal. Agora é um pavor”, disse.