Glasgow – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou durante a Conferência do Clima — COP26 uma chamada pública para financiamento a projetos de reflorestamento. Anúncio foi feito pelo presidente do banco, Gustavo Montezano.
O objetivo é chegar a R$ 500 milhões investidos no reflorestamento de até 33 mil hectares em diversos biomas. O banco de fomento seria responsável pela metade dos recursos, cobrindo o equivalente de investimentos por empresas.
Montezano esclareceu que a parcela das empresas privadas será feita inicialmente sob a forma de doação, mas com a possibilidade de geração de créditos de carbono uma vez que este mercado seja regulado.
A estimativa do banco é de que esses projetos poderão gerar créditos para até 9 milhões de toneladas de carbono.
Apesar de o fundo Floresta Viva ter sido oficialmente lançado durante a COP26, o BNDES já fechou acordos com sete parceiros. E R$ 80 milhões já foram levantados da meta de R$ 250 milhões.
As entidades que participam até agora da iniciativa são Petrobras, Vale, Itaipu, Heineken, Philip Morris, Coopercitrus, e Mato Grosso do Sul.
Na COP, Montezano fez um convite a empresas que participam da conferência a entrarem em contato para que o banco termine a cúpula já com a meta atingida.
“A gente como banqueiro, identifica que isso aqui [COP26] é também um ambiente de negócios. Tem a temática geopolítica e a acadêmica, mas é também um ambiente de negócios e de inovação, de capital de risco e novos negócios,” disse.
O projeto de reflorestamento é um projeto piloto e o BNDES pode ultrapassar a marca de meio bilhão de reais investidos, a depender da demanda.
“Convido a todos os empresários que viam a floresta como fonte de pobreza a vê-la como fonte de riqueza. Temos agenda de promover a economia da biodiversidade, qualquer ecossistema faz parte de um sistema econômico,” disse o presidente do BNDES no mesmo dia em que o ministro do meio ambiente, Joaquim Leite, disse reconhecer que “onde existe muita floresta, também existe muita pobreza”.