Bento Albuquerque monta gabinete de crise após apagão no Amapá

Bento Albuquerque e Davi Alcolumbre no Ministério de Minas e Energia - MME, 4 de novembro de 2020 -- reprodução
Bento Albuquerque e Davi Alcolumbre no Ministério de Minas e Energia - MME, 4 de novembro de 2020 -- reprodução

BRASÍLIA – O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, deve embarcar nesta quarta (4) para o Amapá, após o estado sofrer um apagão que compromete o suprimento de energia em diversas cidades, incluindo a capital, Macapá. O problema foi causado por um incêndio em uma subestação e não há previsão de normalização.

Bento Albuquerque recebeu no MME o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), eleito pelo Amapá, e informou que um gabinete de crise está montando e representantes do governo e de entidades como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vão ao estado.

“Eu informei ao presidente, Jair Bolsonaro, que me determinou que organizasse um gabinete de crise para tratar dessa grave situação que é o isolamento de um estado da federação. E estamos, desde cedo, com esse gabinete montando, com todos os órgãos vinculados do setor elétrico”, afirma o ministro em vídeo gravado ao lado de Alcolumbre.

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O gabinete tem representantes do MME, ONS, da agência Aneel e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), além da Eletrobras e da LMTE, empresa responsável pelo sistema de transmissão.

O incêndio destruiu um transformar de uma subestação na capital do estado. Segundo informações do ONS, o incidente causou o desligamento automático de linhas de transmissão, interrompendo inclusive o escoamento de energia das usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes.

“Para o reestabelecimento das condições normais de fornecimento de eletricidade na região, foi iniciada hoje (04/11), às 06h09, a recomposição parcial das cargas da usina hidrelétrica Coaracy Nunes, sob coordenação do ONS, que está acompanhando de perto a situação”, informou o ministério.

Parte das operações foram restabelecidas até o início da tarde desta quarta (4), mas ainda há problemas em 14 dos 16 municípios do estado, incluindo a capital. Causou a interrupção no abastecimento de água e reflexos na operação de hospitais, segundo informações do G1.

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O comunicado do MME, na íntegra

Nessa terça-feira (03/11), por volta das 20h47, houve uma interrupção de cerca de 250 MW de carga elétrica, afetando severamente o suprimento de energia à capital do Amapá, Macapá.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, responsável pela operação do sistema de transmissão brasileiro, o Sistema Interligado Nacional – SIN, informou que o corte abrupto de carga ocorreu em virtude de um incêndio no transformador 1 da Subestação de Macapá, de propriedade da LMTE, sendo registrado perda total na unidade. Com isso, houve um desligamento automático das linhas de transmissão Laranjal/Macapá, assim como das usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, que abastecem a localidade.

Para o reestabelecimento das condições normais de fornecimento de eletricidade na região, foi iniciada hoje (04/11), às 06h09, a recomposição parcial das cargas da usina hidrelétrica Coaracy Nunes, sob coordenação do ONS, que está acompanhando de perto a situação.

O MME, por sua vez, expediu Portaria instituindo Gabinete de Gestão de Crise, com coordenação da Pasta, e participação do ONS, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, da Eletrobras e da LMTE (agente titular da concessão de transmissão), para a atuação integrada de todos visando a buscar o rápido reestabelecimento de condições normais de fornecimento de energia ao estado.

A Portaria, destaca, ainda, a importância de que sejam apurados os fatos e responsabilidades, tempestivamente, com vistas, a prestar contas à sociedade, bem como para contribuir na identificação de medidas preventivas que devam ser adotadas para evitar incidente semelhante.

Adicionalmente, com vistas a assegurar que as ações necessárias estão sendo adotadas de forma diligente e rápida, o Ministro Bento Albuquerque, e os membros do gabinete de crise viajam hoje com vistas a avaliar “in loco” a situação do abastecimento energético do estado e buscar as linhas de ação para o restabelecimento da alimentação elétrica para o Amapá.

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