Internacional

Banco de desenvolvimento da América Latina promete apoio para acelerar transição energética

CAF e Instituto das Américas (IOA) firmaram acordo para desenvolver projetos de mobilidade sustentável e integração regional

Banco de desenvolvimento da América Latina promete apoio para acelerar transição energética. Na imagem: Fachada do Banco de Desenvolvimento da América Latina – CAF (Foto: Divulgação)
Fachada do Banco de Desenvolvimento da América Latina – CAF (Foto: Divulgação)

BRASÍLIA — O CAF (banco de desenvolvimento da América Latina) e o Instituto das Américas (IOA, em inglês) assinaram na quarta (26/4) um acordo para desenvolver projetos que contribuam para acelerar a transição energética na região.

O escopo inclui descarbonização, mobilidade sustentável, integração regional, luta contra as mudanças climáticas, desenvolvimento urbano sustentável, comércio e inclusão econômica.

As instituições se comprometeram com a troca de conhecimentos, promoção de pesquisas e publicações, cursos de capacitação e organização de eventos, entre eles a organização conjunta de uma sessão e uma visita de campo durante a Cúpula de Cidades das Américas de 2024.

O acordo foi assinado durante a cúpula de 2023, em Denver, nos Estados Unidos.

Segundo a IOA, será uma oportunidade para aproveitar a proximidade com os centros de inovação na Califórnia, onde o instituto está localizado, para impulsionar parcerias econômicas para as Américas.

“A IOA espera trabalhar mais de perto com a CAF para abordar questões e desafios emergentes na América Latina e no Caribe com foco na transição energética, ação climática, competitividade econômica, desenvolvimento da força de trabalho e proteção ambiental”, disse Richard Kiy, CEO do instituto.

Para Sergio Díaz-Granados, presidente executivo do CAF, o acordo ajudará a criar novas pontes de cooperação entre América Latina, Caribe e Estados Unidos.

“Com isso, contribuirá para que nossos países tenham mais ferramentas para enfrentar os grandes desafios globais das próximas décadas, como a mudança do clima, migração, desenvolvimento urbano, transição energética ou inclusão social”, defende Díaz-Granados.

Em março, o CAF anunciou o aporte de US$ 122 milhões para promover mobilidade elétrica no Panamá, Paraguai e Uruguai por meio do Programa de Mobilidade Elétrica e Transporte de Baixo Carbono (E-motion).

Os recursos fazem parte dos US$ 231 milhões aprovados pelo Fundo Verde para o Clima (GCF) em outubro de 2022 e ajudarão a financiar a transição do sistema de transporte para a eletrificação em países latinoamericanos.

Cúpula das Cidades das Américas

Com o tema Desafios Globais, Soluções Locais, o encontro em Denver encerrou na quarta com a publicação de sete compromissos em áreas como governança democrática, crescimento econômico inclusivo, migração, sustentabilidade e inclusão social equitativa.

Na Declaração de Denver sobre Prioridades Municipais para Cooperação Regional, prefeitos de todo o continente concordam em promover habitação e desenvolvimento sustentável, migração, ação climática, finanças e investimentos, tecnologia e boa governança. As ações serão lideradas pelo prefeito de Denver, Michael B. Hancock.

Também com foco na sustentabilidade urbana, a iniciativa Cities Forward, do Departamento de Estado dos EUA, selecionará cidades das Américas para desenvolver planos de implementação em projetos de design para estimular a criação de empregos e investimento em inovação; mitigar a poluição; fortalecer a resiliência climática no ambiente construído; e melhorar a saúde e o bem-estar em comunidades carentes.

O Cities Forward é apoiado por uma rede de especialistas em sustentabilidade urbana lideradas por Governos Locais para a Sustentabilidade, Catalisador de Cidades Resilientes (ICLEI) e o Instituto das Américas.

Já o Brasil assume a liderança com a Rede de Cidades Antirracistas e Pacto de Combate ao Racismo, ambas lançadas pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O trabalho será expandido de 26 cidades brasileiras para toda a região. Os esforços se concentrarão na inclusão, na governança e no planejamento municipal, bem como no compartilhamento das melhores práticas aprendidas no combate ao racismo.