Internacional

Aviação assume meta internacional para reduzir 5% da intensidade de CO2 dos combustíveis até 2030

Governos de mais de 100 países estabeleceram objetivo de que o combustível de aviação em 2030 seja 5% menos intensivo em carbono

Aviação assume meta global para reduzir 5% da emissão de CO2 dos combustíveis até 2030. Na imagem: Avião decolando sob céu levemente nublado (Foto: Bilal EL-Daou/Pixabay)
Aviação tem meta de zerar as emissões líquidas de CO2 até 2050 e SAF será o principal combustível para chegar lá (Foto: Bilal EL-Daou/Pixabay)

BRASÍLIA – Governos de mais de 100 países membros da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, em inglês) chegaram a um acordo na última sexta (24/11) para estabelecer meta de reduzir em 5% a intensidade de carbono do combustível usado nas aeronaves.

Segundo a Icao, o objetivo aspiracional coletivo é importante para avançar com políticas de descarbonização no transporte aéreo, que hoje responde por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa.

Através da adoção de um novo Quadro Global da Icao para combustíveis sustentáveis de aviação ​​(SAF), combustíveis de aviação com baixo carbono (LCAF) e outras energias mais limpas, os membros da organização deverão definir suas próprias estratégias para alcançar a meta.

Cada Estado membro informará sua capacidade de contribuir com o objetivo geral, mas não há obrigações.

O quadro adotado na última semana traz, além da visão coletiva para a transição para a energia limpa, recomendações para harmonizar regulações regionais, apoiar iniciativas de implementação e melhorar o acesso ao financiamento para iniciativas relacionadas, para que “nenhum país seja deixado para trás”.

“O papel do Quadro é facilitar a expansão do desenvolvimento e implantação de SAF, LCAF e outras energias mais limpas da aviação numa base global, e principalmente proporcionando maior clareza, consistência e previsibilidade a todas as partes interessadas, incluindo aquelas fora do setor da aviação”, explica o presidente do Conselho da Icao, Salvatore Sciacchitano.

A Icao argumenta que tanto investidores quanto governos precisam de maior clareza em relação às políticas e iniciativas de apoio à implementação de novos combustíveis.

Além de investimentos, para que todos os países tenham oportunidades iguais na transição.

“Alcançar emissões líquidas zero de carbono até 2050 exigirá investimento e financiamento substanciais e sustentados nas próximas décadas. Devemos, além disso, garantir apoio e capacitação fiáveis ​​e acessíveis aos Estados com necessidades específicas, uma vez que deles dependerão para ajudar a desempenhar o seu papel”, defende o secretário-geral da Icao, Juan Carlos Salazar.