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Aurélio Amaral é o novo diretor de Relações Externas da Eneva 

Ex-diretor da ANP substitui Damian Popolo, que está no cargo há 10 anos

Novo diretor de Relações Externas e Comunicações da Eneva, Aurélio Amaral, ex-diretor da ANP até março de 2020 e o responsável pela regulamentação do RenovaBio, durante audiência da CI no Senado, em 29/10/2019 (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Aurélio Amaral foi diretor da ANP até março de 2020 e o responsável pela regulamentação do RenovaBio (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

RIO – O ex-diretor da ANP Aurélio Amaral será o novo diretor de Relações Externas e Comunicações da Eneva a partir da próxima sexta-feira (1/3). Ele substitui Damian Popolo, que está no cargo há 10 anos e deixa a empresa no próximo dia 29.

Aurélio Amaral é advogado e atuava como sócio consultor do escritório Schmidt, Valois, Miranda Ferreira Agel Advogados e foi diretor da ANP entre 2016 e 2020. Teve forte atuação na revisão dos contratos de conteúdo local e na implementação da regulação da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).

Em 2021, em artigo publicado pela agência epbr, defendeu que, para que o mercado de biogás e biometano se desenvolva, são necessárias estruturas regulatórias e mecanismos de apoio fiscal e financeiro para que as restrições de capital sejam enfrentadas de modo a atingir a sustentabilidade financeira.

“Estamos confiantes de que sua liderança estratégica e experiência continuarão a impulsionar nossos resultados. A Eneva está entusiasmada com o novo capítulo que se inicia com Aurélio ao nosso lado”, disse a empresa, em comunicado interno, ao qual a epbr teve acesso.

Proposta de fusão

A Eneva é a maior produtora independente de gás natural do país, com capacidade de produzir 8,4 milhões de m3 por dia. Tem ainda 5,5 GW de usinas em operação, sendo 4,6 GW de termelétricas a gás e carvão e 870 MWp de solar fotovoltaica.

Em novembro do ano passado, a empresa propôs uma fusão com a Vibra Energia. A companhia enviou uma carta ao Conselho de Administração da distribuidora propondo uma troca de ações. Veja a íntegra da carta no fato relevante publicado pela empresa.

A proposta prevê que os acionistas de cada companhia fiquem com 50% das ações da empresa resultante. A Eneva, na época da proposta, tinha valor de mercado de R$ 20,7 bilhões e a Vibra, de R$ 25,9 bilhões.

Líder de mercado, a Vibra tem 8,3 mil postos de combustíveis no país e 30 milhões de consumidores finais, incluindo 18 mil clientes B2B e outros 50 mil consumidores por meio da comercializadora Comerc.

O objetivo da fusão, segundo a Eneva, é acelerar as vendas de gás por meio da plataforma de distribuição da Vibra, tanto para clientes industriais quanto para substituir o diesel de caminhões e ônibus.

A companhia resultante teria 30% de sua geração de energia vinda de fontes renováveis, com mais de 3 GW de geração distribuída, eólica e solar centralizada. Com os projetos em desenvolvimento, poderia alcançar 6 GW.

A Eneva, que já estava buscando parceiro para renováveis, investiu R$ 3,2 bilhões no Complexo Solar Futura, de 870 MWp, na Bahia. As expansões previstas devem ampliar a capacidade para 3.159 MW.