RIO — Uma vez aprovado pelo Congresso Nacional, o swap (troca) do óleo da União por volumes adicionais de gás natural disponíveis para comercialização por meio da Pré-sal Petróleo SA (PPSA) não será imediato, disse o diretor de Infraestrutura e Melhoria do Ambiente de Negócios no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Alexandre Messa.
Ele conta que o governo ainda avalia como operacionalizar o swap – uma das propostas do programa Gás para Empregar. E explica que, como a União já possui contratos firmados de comercialização de seu óleo, para os próximos anos, a troca de seus volumes por gás não seria possível antes de 2025.
“Esse swap depende de contratos que existem e que faz com que a solução não seja imediata. Mas a resposta que o governo quer dar [sobre como se dará o programa] é imediata”, afirmou ao estúdio epbr, durante participação no Seminário de Gás Natural do IBP.
Messa conta que o GT interministerial do Gás para Empregar deve ser formalizado nas próximas semanas. Independente disso, as discussões já estão acontecendo dentro do governo.
“Qual o volume de gás, de onde ele virá, de que campos vai tirar esse gás. Tudo isso está sendo procurado ser respondido”, comentou.
Questionado se o aumento de oferta de gás a preços competitivos prometido pelo governo contemplará a indústria como um todo, Messa disse que, embora os setores químico e de fertilizantes sejam tratados como prioritários, a intenção é “beneficiar o usuário final e a utilização do gás natural tanto para matéria prima quanto como energético no setor produtivo”.
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