RIO – O Ministério de Minas e Energia (MME) vai levar ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) 11 blocos com potencial entre 1,73 bilhão e 3,69 bilhões de barris de óleo in place para possível inclusão em futuros ciclos da oferta permanente de partilha da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
“São áreas interessantes, principalmente levando em consideração as descobertas mais recentes realizadas tanto no polígono [do pré-sal] quanto fora, desde 2018”, disse na manhã desta quarta-feira (22/11) o diretor de exploração e produção do ministério, Rafael Bastos, em participação no 6º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo (veja a íntegra no vídeo acima).
Segundo Bastos, os blocos serão submetidos “em breve” ao CNPE para definição dos parâmetros técnicos e econômicos para eventual licitação. Para ele, as áreas remanescentes a serem licitadas dentro do polígono do pré-sal ainda podem atrair o interesse do mercado, apesar do potencial menor do que o daquelas licitadas no passado.
“Temos o entendimento de que as áreas remanescentes do pré-sal têm um risco exploratório maior e um menor potencial de descobertas gigantes, mas ainda há muita atratividade, tanto no pré-sal, quanto no pós-sal”, disse.
Os blocos previstos são Citrino, Larimar, Ônix, Itaimbezinho, Jaspe, Ágata, Safira Leste, Safira Oeste, Amazonita, Mogno e Ametista.
Dessas áreas, o bloco de Itaimbezinho já chegou a ser incluído na oferta permanente da ANP, mas teve que ser retirado este ano pois expirou a validade da manifestação conjunta entre os ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente que liberava a área de passar por estudos multidisciplinares de avaliações ambientais antes de ir a leilão, procedimento da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar da Bacia Sedimentar (AAAS).
Potencializa E&P no CNPE
O programa do MME para estimular a cadeia de exploração e produção de petróleo e gás, Potencializa E&P, terá quatro subcomitês para tratar dos temas de meio ambiente, conteúdo local, fomento aos campos marginais e aprimoramento da oferta permanente.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) deve participar de pelo menos um dos grupos. Cada comitê deverá propor direcionamentos práticos para melhorar o ambiente de negócios.
“Esse programa visa trazer condições melhores em relação à atratividade de investimentos no Brasil, seja no pré-sal ou fora dele, nas áreas de concessão”, disse Bastos.
A expectativa, segundo o diretor de exploração e produção, é que a criação do programa seja aprovada na reunião de dezembro do CNPE.
Confira a cobertura da epbr no 6º Fórum Técnico da PPSA