RIO — A ANP realizará, nesta sexta-feira (16/12), no Rio de Janeiro, o primeiro leilão de partilha da oferta permanente (OPP), que ofertará 11 blocos na área do pré-sal nas bacias de Santos e Campos. A expectativa do mercado é de que a agência consiga vender entre quatro a cinco blocos na concorrência.
Cinco blocos serão licitados pela primeira vez pela ANP: Água Marinha e Turmalina, na Bacia de Campos e, Ágata, Esmeralda, Jade e Tupinambá, na Bacia de Santos.
As áreas estavam previstas para serem ofertadas na 7ª e 8ª rodadas de partilha de produção, que acabaram saindo do calendário depois que o governo optou por licitar todas as áreas do país no modelo de oferta permanente.
Os demais não receberam ofertas em rodadas de licitação de partilha da produção realizadas anteriormente pela ANP: Itaimbezinho (4ª rodada, Bacia de Campos), Norte de Brava (6ª rodada, Bacia de Campos), Bumerangue, Cruzeiro do Sul e Sudoeste de Sagitário (6ª rodada, Bacia de Santos).
No início de fevereiro, a Petrobras exerceu o direito de preferência dos blocos de Água Marinha (Bacia de Santos) e Norte de Brava (Bacia de Campos), com percentual de 30%. Os analistas também acreditam que Turmalina (Campos), Ágata e Esmeralda (Santos) têm boa chance de serem vendidos.
Mesmo com a alta do preço do petróleo e, principalmente, do gás no mercado internacional, por causa da guerra na Ucrânia, a OPP está longe de despertar um grande interesse das petroleiras.
Nove empresas foram qualificadas pela agência para participar do leilão. Dessas, sete companhias — bp, Chevron, Equinor, Petrobras, Petronas, Shell e TotalEnergies — , foram inscritas como operadoras e poderão fazer ofertas pelos blocos sozinhas.
Já a Ecopetrol e a Qatar Energy, inscritas como não operadoras, precisarão fazer parte de um consórcio, com pelo menos uma operadora para disputarem áreas.
O sistema de Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP) tem como objetivo contratar, sob o regime de partilha de produção, as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural em blocos localizados no polígono do pré-sal e de áreas estratégicas, assim determinados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Os blocos ficam permanentemente à disposição de agentes regulados interessados. Os ciclos se iniciam por provocação dos agentes inscritos, por meio da submissão à ANP de Declaração de Interesse, acompanhada de garantia de oferta, para um ou mais blocos disponíveis.
Cobertura ao vivo do leilão
Você pode acompanhar a transmissão do leilão, com informações e comentários de analistas convidados direto no canal da agência epbr no Youtube. A transmissão começa às 8h30 desta sexta (16/12).
Participam da transmissão Renata Isfer, fundadora da Petres Energia e ex-Secretária de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME).
E Marcelo de Assis, Diretor de Upstream da consultoria Wood Mackenzie América Latina.
A epbr cobriu ao vivo o leilão
Mapa interativo para as áreas
A agência epbr também disponibiliza para sua comunidade o acesso a um mapa interativo com todas as áreas que serão ofertadas no 1o Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), além de todas as áreas de produção e exploração contratadas atualmente no país.
Atualmente, a ANP é responsável pela gestão dos contratos de 295 blocos exploratórios. Desse total, 42 estão com seus contratos suspensos em razão de atraso no licenciamento ambiental.
O Brasil conta atualmente com 282 áreas produtoras de petróleo e gás, sendo 66 no mar e 216 em terra, que produzem 3,24 milhões de barris por dia de petróleo e 148 milhões de m3/dia de gás natural.
São 269 áreas sob o regime de concessão, cinco áreas sobre o regime de cessão onerosa, oito campos com partilha de produção, operados por 45 empresas.