Aneel eleva cobrança da bandeira vermelha em 52%

Cobrança extra nas contas de luz vai aumentar de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh

consumo de energia elétrica
https://eixos.com.br/tcu-questiona-possivel-ilegalidade-e-suspende-nova-regulamentacao-da-aneel-sobre-gsf/

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu elevar a bandeira tarifária vermelha patamar 2 em 52%, aumentando a cobrança extra feita nas contas de luz de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh.

Decisão foi tomada nesta terça (29) e o reajuste acabou ficando em um meio termo entre o que foi previsto originalmente, da ordem de 20%, e o que indicavam áreas técnicas da agência.

Relatório apresentado à diretoria, responsável pela decisão final, indicava a possibilidade de a cobrança subir mais de 90% a depender do patamar – a vermelha 2, em vigor em julho, é a bandeira mais cara.

As informações são do Estadão.

A escolha da bandeira aplicada mês a mês depende das condições de atendimento à demanda de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Em junho, as afluências nas principais bacias hidrográficas do SIN estiveram entre as mais críticas do histórico”, explica a Aneel.

Com isso, sobem os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD), variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada – e ficam mais caras quando falta energia armazenada nas hidrelétricas.

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Ministro pede economia de energia

O governo está finalizando o programa de redução voluntária do consumo de energia nos horários de pico da demanda, garantiu o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em pronunciamento na TV nessa segunda (28).

Ele pediu que os consumidores economizem: “o uso consciente e responsável de água e energia reduzirá consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo também o custo da energia gerada”, afirmou.

As declarações foram feitas no anúncio da Medida Provisória 1055, publicada ontem e que, como previsto, vai elevar o controle do governo federal sobre as hidrelétricas e, eventualmente, autorizar a contratação emergencial de energia elétrica ou potência (veja os principais pontos da MP).

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O MME tem feito um esforço para passar a mensagem de que não há risco de racionamento. O deslocamento voluntário do consumo é negociado com grandes consumidores, que querem ser remunerados pela energia economizada nos horários de pico.

Isso porque as equipes técnicas identificaram que nesta crise em particular há um déficit de potência no fim do período seco, entre outubro e novembro. Projeções do Operador Nacional do Sistema (ONS) alertaram, em junho, que, a depender do cenário traçado, a situação vai de “pouco confortável” a um déficit que pode chegar a 6 GW em novembro.

Depois amenizou: o ONS publicou um esclarecimento que as medidas em curso visam justamente a evitar esse quadro crítico no segundo semestre.

Para julho, a previsão do ONS é de aumento de 4,7% na carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) na comparação anual.

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