RIO – A Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, assinou contrato com a Copel, para a compra de 81,2% da termelétrica de Araucária (484 MW), no Paraná, por R$ 320,7 milhões.
A aquisição marca a ampliação do portfólio da Âmbar Energia em geração. A empresa é dona das térmicas a gás Cuiabá (480 MW), no Mato Grosso, e Uruguaiana (600 MW), no Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina.
São usinas Merchant – cuja principal característica é a venda de energia exclusivamente no Mercado de Curto Prazo.
Em setembro, a Âmbar também comprou a termelétrica a carvão mineral Candiota (350 MW) da Eletrobras, também no Rio Grande do Sul.
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Uma das marcas da atuação da Âmbar na geração de energia é a integração energética com outros mercados sul-americanos.
A UTE Cuiabá é ligada por gasodutos próprios à Bolívia. Já a UTE Uruguaiana é integrada às reservas de gás da Argentina. Araucária, por sua vez, está conectada ao gasoduto Gasbol, com possibilidades de acesso ao gás nacional e da Bolívia.
“Com esta aquisição, ampliamos nossa presença no sistema de energia sul-americano e nossa posição estratégica como geradora e comercializadora de energia de fontes diversificadas”, afirmou o presidente da Âmbar Energia, Marcelo Zanatta, em nota.
Mais recentemente, o grupo J&F anunciou também a aquisição da Fluxus, petroleira independente fundada por Ricardo Savini, e pôs o pé na produção de óleo e gás na Argentina.
Petrobras ainda avaliará o negócio
A Petrobras detém os outros 18,8% da UEG Araucária e informou que encerrou seu processo competitivo para a venda de seu ativo.
A estatal poderá exercer o tag along – direito de acionistas minoritários de receber uma oferta de compra em caso de venda do controle de uma empresa. O prazo para que ela avalie a proposta vai até 26 de fevereiro de 2024, segundo a Âmbar.
Inicialmente, Copel e Petrobras firmaram um acordo para venda conjunta da usina. A petroleira informou ao mercado nesta sexta (15/12), contudo, que suas sócias Copel (20,3%) e Copel Geração e Transmissão (60,9%) decidiram pela rescisão do acordo.
“A Petrobras avaliará seus próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo em questão, inclusive eventual exercício de tag along, e reforça o seu compromisso com a transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio”, comunicou a empresa.
O fechamento da transação está sujeito a condições precedentes, como aprovações regulatórias.