O presidente do Sindigás, Bandeira de Mello, afirma que o custo em adaptar os botijões e cilindros de GLP para enchimento estações fora das instalações das distribuidoras pode elevar o custo do recipiente em até 120%.
“Sabe quantos cilindros se adaptam para enchimento fora do parque industrial? Zero. Para preparar um botijão com conjunto de válvulas, custará 50% a 120% mais caro”, afirma Bandeira de Mello.
[jnews_block_28 number_post=”2″ include_post=”21517,21499″]
Hoje os cilindros comercializados para indústria e comércio tem um valor de cerca de R$135 e para consumidores domésticos (botijão de 13 kg) é vendido, em média, por R$ 70, segundo dados da ANP.
Em junho, 38% do custo do GLP residencial corresponde à compra do combustível, da Petrobras, e outros 38% são relativos aos custos e às margens de distribuição e revenda. Os outros 24% são tributos.
Outro tópico levantado por Bandeira de Mello é a variedade de tamanhos já disponíveis, o que permitiria ao consumidor a compra de quantidades menores de gás.
Atualmente no mercado brasileiro, são oferecidos vasilhames de 5, 7, 8, 10 e 13 quilos e a troca do botijão por tamanhos diferentes é gratuita, sem custo para o comprador.
[sc name=”newsform”]
O presidente do Sindigás explica que o mercado brasileiro, em alguns locais, não aceitou tamanhos diferentes porque o botijão mais usual, de 13kg, é mais barato e não exige a troca frequente.
A proposta do enchimento parcial é defendida na ANP sobretudo pelo diretor-geral da agência, Décio Oddone. Na cerimônia de lançamento do programa Novo Mercado de Gás, Oddone reforçou a defesa da proposta em seu discurso.
“Atualmente não é possível comprar um botijão parcialmente cheio, prática que equivaleria a um motorista ser obrigado a encher todo o tanque do carro”, disse Oddone.
“Isso impacta particularmente as famílias de baixa renda, que chegam ao final do mês sem recursos para comprar um botijão completo. Assim, uma dona de casa pode ser levada a migrar para o carvão, a lenha ou o álcool, correndo riscos e criando implicações para a saúde pública”.