Biocombustíveis

Acelen quer exportar SAF a partir de 2027, diz Yuri Orse

Empresa vai produzir 1 bilhão de litros por ano, afirma o diretor da cadeia de renováveis da empresa

RIO – A Acelen Renováveis planeja iniciar a exportação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) a partir de 2027, afirmou Yuri Orse, diretor da cadeia de renováveis da empresa, nesta segunda (27/5), ao estúdio epbr durante o evento ESG Energia e Negócios, promovido pelo IBP. Assista na íntegra acima.

“Estamos prontos para contribuir com o mercado global de SAF e diesel renovável a partir de 2027”, afirmou Orsi, destacando que a capacidade de produção será de um bilhão de litros por ano. “Esse volume é além do que o mercado brasileiro pretende ter no início de 2027. Então, a gente tem uma atuação já de imediato como um player global exportando para outros mercados.”

A empresa está investindo mais de US$ 3 bilhões na primeira fase do projeto, que inclui o cultivo de macaúba em 200 mil hectares e a construção de uma planta de biorefino. O executivo explicou que a macaúba é uma planta nativa brasileira com alta produtividade de óleo, ideal para a produção de biocombustíveis como o SAF e o diesel renovável.

O Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Macaúba, em Montes Claros, Minas Gerais, será inaugurado no segundo semestre deste ano. “Este centro será crucial para a escalabilidade da cultura de macaúba, desde o manejo agrícola até o processamento do fruto”, disse Orse.

Além do biocombustível, a Acelen Renováveis planeja expandir seus investimentos em mais de US$ 13 bilhões, explorando outras oportunidades no mercado de carbono e desenvolvimento de coprodutos da macaúba, como biochar e hidrogênio verde.

A Acelen vê o ambiente de negócios no Brasil como favorável para investimentos em transição energética, afirma Orse.

Ele destacou a importância do novo marco regulatório para combustíveis do futuro, que alinha o Brasil às demandas globais por descarbonização. “O Brasil tem o potencial de prover soluções de descarbonização para o planeta”, disse.

O executivo também mencionou o impacto socioeconômico do projeto, que visa o desenvolvimento de regiões subdesenvolvidas, como o norte de Minas Gerais e o centro da Bahia, além de contribuir para a recuperação de terras degradadas. “Estamos criando uma plataforma de negócios que abre um horizonte extenso de oportunidades para a Acelen Renováveis e para o Brasil”, concluiu.

Cobertura da epbr na ESG Energia e Negócios