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Diálogos da Transição
APRESENTADA POR
Editada por Nayara Machado
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Entra ano, sai ano e a gente segue falando sobre baixa representatividade das mulheres na energia, nos espaços de poder, nas discussões que afetam nossas vidas, nossos corpos, nossos lugares no mundo.
E não só em março. Quando comecei a editar a Diálogos da Transição, uma das missões era (e continua sendo) buscar mais fontes mulheres — além de abordar mais o tema da diversidade.
Uma das minhas primeiras matérias na agência epbr foi sobre isso.
Novos empregos, velhos padrões, de outubro de 2020, traz um dado inquietante: 80% dos novos empregos na economia de baixo carbono serão em setores dominados por homens.
Quase dois anos depois, o relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) sobre empregos nessa indústria mostra que apenas 16% das vagas em setores tradicionais são ocupadas por mulheres.
Em artigo de opinião sobre o Dia Internacional da Mulher, faço um balanço da presença feminina em cargos de liderança corporativa, resgatando algumas das nossas coberturas sobre o assunto no último ano. Leia na epbr
- E ainda: Brasil tem cinco empresas de energia em índice global de igualdade de gênero; veja quais são
Transição com mais mulheres
Dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, em inglês) revelam que 32% dos cargos são ocupados por mulheres nesse ramo, que é predominantemente masculino.
Segundo o relatório divulgado no ano passado, o Brasil responde por 10% da geração global de empregos verdes.
O país fica atrás apenas da China, que representa 42% do total. A expectativa é que 43 milhões de novos postos de trabalho sejam gerados até 2050 em todo o mundo.
O cenário de desenvolvimento traz previsão de maior empregabilidade na área de energia limpa. Resta saber se os investimentos vão transformar a realidade e garantir uma inclusão feminina expressiva nas indústrias.
Algumas medidas começam a mostrar resultados no setor. É o caso das empresas do segmento solar. Confira na reportagem de Millena Brasil
Cobrimos por aqui:
- Diversidade na indústria de O&G deve ser mais evidenciada
- Participação das mulheres no setor de GLP em destaque
- “Você senta aqui atrás, aí é só para autoridades”
Inovadoras
Selecionamos cinco artigos de mulheres atuantes na energia e no clima que trazem contribuições importantes para o debate sobre uma nova economia verde.
Carbono
As co-fundadoras da CCS Brasil, Isabela Morbach e Nathália Weber, analisam as oportunidades para o país liderar a descarbonização da economia, com florestamento e reflorestamento, além de projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS).
“Estamos muito bem posicionados para desenvolver e implementar tecnologias de CCS, seja para neutralizar as emissões de setores específicos, seja para promover a remoção de carbono da atmosfera”, escrevem.
O futuro da energia
Presidente da Equinor no Brasil, Veronica Coelho, conta como a transição energética abre oportunidades para a indústria brasileira de bens e serviços.
“Neste caminho a percorrer rumo à transição energética, sabemos que tecnologias essenciais para o futuro podem ainda não existir. Por isso, estamos construindo pontes”.
Comércio internacional
“O cerco está se fechando para países e empresas que não possuem políticas climáticas estruturadas e implementadas”, avaliam as advogadas Luciana Gil e Patrícia Mendanha no artigo A agenda ambiental e climática brasileira e os desafios internacionais
Acordos climáticos
Em O legado da COP 27, Marina Azevedo, Rosana dos Santos, Nathalia Paes Leme explicam por que a última conferência climática da ONU não pôde ser chamada de ambiciosa e implementadora.
Bioenergia
Pesquisadora de bioenergia com captura de carbono da Universidade de Illinois, Sallie Greenberg, compartilha projetos internacionais e afirma que o Brasil, como segundo maior produtor mundial de etanol, pode se beneficiar muito com experiência em descarbonização de biorrefinarias dos EUA.
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E ainda…
Conheça 25 mulheres pioneiras liderando a luta contra as mudanças climáticas. Spoiler: a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, é uma delas. Reuters
Economia verde pela ótica de gênero: Tatiane Matheus, jornalista do ClimaInfo, entrevistou dezenas de mulheres que dedicam vida e trabalho para uma sociedade mais justa na ótica social e ambiental. O resultado está no livro Vozes femininas pela recuperação econômica verde e inclusiva, disponível para download a partir de hoje