Investing.com – Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 25 de maio, sobre os mercados financeiros:
1. Powell, presidente do Fed, em destaque
Nesta sexta-feira, uma aparição pública de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, provavelmente irá atrair atenção especial após a divulgação da ata em tom pacífico do Fed na quarta-feira. As atas do Federal Reserve mostraram que os executivos da instituição estavam contentes com a inflação superando temporariamente a meta de 2%, fazendo com que as chances de um quarto aumento de juros neste ano ficassem abaixo do patamar de 50%.
Powell irá participar de um painel de discussão sobre “Estabilidade Financeira e Transparência de Bancos Centrais”, patrocinado pelo Sveriges Riskbank, programado para as 10h15 em Estocolmo, na Suécia.
Embora os preços dos mercados tenham precificado totalmente em um segundo aumento na reunião de 12 a 13 de junho, investidores estão analisando se o banco central norte-americano pode se tornar um pouco mais agressivo no endurecimento da política monetária, dados os recentes sinais de recuperação da inflação.
A decisão de política monetária de junho será acompanhada de projeções econômicas atualizadas e os investidores acompanharão de perto o “dot plot”, que mostra as previsões dos formuladores de políticas quanto às taxas de juros.
Além disso, Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, e Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas, irão participar de um painel de discussões em uma conferência no Federal Reserve Bank de Dallas intitulada “Inovação Permitida pela Tecnologia: Implicações para Empresas, Mercados de Trabalho e Política Monetária”, em Dallas às 12h45.
2. Dólar estável antes de Powell e de dados sobre bens duráveis
O dólar norte-americano apresentava pouca movimentação nas negociações da manhã desta sexta-feira, a caminho de ganhos semanais em torno de 0,3%, enquanto investidores aguardam quaisquer indicações sobre política monetária do presidente do Fed, Jerome Powell, e esperam dados econômicos do dia.
O Departamento de Comércio dos EUA divulgará seu relatório preliminar sobre pedidos de bens duráveis em abril às 09h30, com projeções apontando para um declínio de 1,4%. Espera-se que a leitura de núcleo desses dados, observada de perto, apresente um aumento de 0,5%.
A Universidade de Michigan também apresentará uma leitura atualizada da percepção do consumidor em maio. Os mercados atualmente não esperam revisão da leitura preliminar de 98,8.
Às 06h52, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,11% para 93,82.
3. Preocupações com a produção continuam a prejudicar o petróleo antes dos dados de produção de shale oil dos EUA
O petróleo estava em baixa nesta sexta-feira em meio a preocupações crescentes de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo poderia aumentar a produção a partir de junho, enquanto participantes do mercado esperavam a leitura mais recente sobre a produção de shale oil nos EUA.
A Arábia Saudita e a Rússia estão discutindo o aumento da produção de petróleo da Opep e de países externos à organização em cerca de 1 milhão de barris por dia, flexibilizando após 17 meses de cortes rigorosos na oferta, em meio a preocupações de que um aumento de preço tenha ido longe demais, fontes familiares ao assunto disseram à Reuters na sexta-feira.
A Opep e produtores externos à organização, liderados pela Rússia, têm reduzido a produção em 1,8 milhão de barris por dia para impulsionar os preços do petróleo. O pacto teve início em janeiro de 2017 e deverá valer até o final de 2018. A organização deve se reunir em Viena em 22 de junho.
Os contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 1,91% e atingiam US$ 69,36 às 06h57 em horário local, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 2,04%, com o barril negociado a US$ 77,18.
Enquanto isso, participantes do mercado aguardam a mais recente apresentação semanal da atividade de extração da Baker Hughes, que irá fornecer aos investidores uma nova visão sobre a produção e demanda de petróleo dos EUA.
Os dados da semana passada mostraram que o número de plataformas de petróleo dos EUA permaneceu estável depois de subir por cinco semanas seguidas.
4. Resultados trimestrais da Foot Locker em pauta
A Foot Locker (NYSE:FL) deve divulgar os resultados do primeiro trimestre antes dos mercados norte-americanos abrirem nesta sexta-feira em meio a expectativas de que um desempenho mais forte da Nike (NYSE:NKE) dentro dos EUA tenha impulsionado as vendas comparáveis da varejista.
Espera-se que a Foot Locker apresente lucros por ação de US$ 1,25 com receitas de US$ 1,96 bilhão.
Enquanto são esperados os resultados da Foot Locker, várias empresas deverão ter grandes movimentações após liberarem seus próprios balanços depois do fechamento do mercado no dia anterior.
Ações da Gap (NYSE:GPS) despencaram quase 8% após o pregão depois que a varejista divulgou lucros por ação piores do que o esperado, Ross Stores(NASDAQ:ROST) afundava 5% após a decepção com a projeção de vendas comparáveis da rede de lojas de departamentos para o segundo trimestre e a Autodesk (NASDAQ:ADSK) caía mais de 5%, já que a empresa de software também forneceu uma perspectiva fraca.
No lado positivo, Deckers Outdoor (NYSE: DECK) saltava mais de 4% uma vez que a varejista de vestuário ultrapassou as expectativas de consenso tanto em termos de vendas quanto de lucros.
5. Bolsas globais encontram consolo na resposta norte-coreana a Trump
Bolsas globais estavam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, já que os mercados apareceram ter encontrado alívio na resposta conciliatória fornecida pela Coreia do Norte após Donald Trump, presidente norte-americano, ter cancelado a reunião de 12 de junho.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Kim Kye Gwan, disse que Pyongyang ainda espera por uma “fórmula Trump” para resolver o impasse sobre seu programa de armas nucleares, observando que o país está aberto a resolver seus problemas com os Estados Unidos.
Bolsas europeias estavam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, ao passo que as asiáticas fecharam em baixa, mas acima das mínimas intradiárias graças ao anúncio norte-coreano.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em alta nesta sexta-feira antes de Powell e de dados econômicos, embora seja esperado que as negociações fossem leves antes do fim de semana prolongado por um feriado. Wall Street estará fechada nesta segunda-feira para o Memorial Day. Às 06h58, o blue chip futuros do Dow ganhava 61 pontos, ou 0,25%, os futuros do S&P 500 subiam 6 pontos, ou 0,22%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 28 pontos ou 0,40%.