Energia

Sinagências programa paralisação para o dia de negociação com o governo

Categoria aguarda uma melhor proposta do MGI para poder encerrar mobilização

Vista aérea da Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

BRASÍLIA – Os servidores das agências reguladoras decidiram alterar o dia de paralisação, inicialmente programada para segunda-feira (12/8). A mobilização ocorrerá na quinta-feira (15/8), mesmo dia da mesa de negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI). A intenção do movimento é obter uma melhor proposta de reajuste salarial a partir do governo.

O MGI conseguiu fechar um acordo com os servidores do Ibama, na segunda-feira (12), e ainda trabalha para que o trabalho seja normalizado nas agências.

A programação inicial do Sindicato dos Servidores das Agências Reguladoras (Sinagências) era uma paralisação de 72 horas, mas os planos foram alterados por conta da queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP).

Servidores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foram destacados para atuar na investigação das causas da queda.

Assim, o Sinagências volta atenções ao dia da reunião com o governo, que ofereceu reajustes de 14,4% e 23%.

A proposta acabou rejeitada por 99% dos presentes em assembleia da categoria, realizada no dia 7 de agosto.

O Sinagências prepara uma manifestação em frente ao MGI durante a mesa de negociação.

Negociações

O Ministério da Gestão e da Inovação, liderado por Esther Dweck, trabalha para estancar as paralisações de carreiras da administração pública.

Desde o início do ano, as pautas das reuniões das agências reguladoras tiveram uma redução na análise de processos.

O Valoriza Regulação aponta déficit de pessoal e perda de profissionais para a iniciativa privada, devido à falta de atratividade das carreiras.

Na área ambiental, existe um atraso significativo na análise de processos de licenciamento de obras de transmissão de energia leiloadas de 2022 a 2024.

Investimentos de R$ 74 bilhões estão atrasados por conta dos atrasos do Ibama, que enfrenta falta de pessoal e mobilização dos servidores.