Mercado de gás

Reajuste da Petrobras no preço do gás anula desconto oferecido no Rio

Tarifas da CEG e CEG Rio terão reajuste de 6,3% e 9,7%, respectivamente, em agosto

Reajuste da Petrobras no preço do gás natural anula desconto dado ao estado do Rio. Na imagem: Obras no gasoduto da CEG, de cerca de 15 km, vai até o Rio de Janeiro passando por Duque de Caxias (Foto: Ascom PMDC)
Obras no gasoduto da CEG, de cerca de 15 km, vai até o Rio de Janeiro passando por Duque de Caxias (Foto: Ascom PMDC)

RIO – A Agenersa, agência reguladora do Rio de Janeiro, aprovou um reajuste médio de 6,3% nas tarifas de gás natural da CEG (Região Metropolitana) e de 9,7% nas tarifas da CEG Rio (interior) a partir de 1º agosto.

É um reflexo do aumento dos custos de aquisição da molécula junto à Petrobras. A estatal é a única fornecedora das distribuidoras da Naturgy no Rio e trabalha com ajustes trimestrais no preço do gás.

Os novos reajustes das tarifas da CEG e CEG Rio anulam os descontos aplicados pela Petrobras em junho, como parte da política de precificação da companhia.

As concessionárias do Rio foram as primeiras distribuidoras de gás canalizado a serem beneficiadas com os descontos nos contratos vigentes oferecidos pela petroleira.

Na ocasião, a Agenersa aprovou uma redução média de 4,92% para clientes industriais da CEG; de 5,15% para postos de GNV; de 1,97% para o segmento residencial; e de 2,04% para o comercial.

Já na área de concessão da CEG Rio, a redução média foi de 5,22% para indústrias; de 5,38% para postos de GNV; 2,54% para residências; e de 5,38% no comércio.

CEG amplia volume contratado em renegociação com Petrobras

A estatal deu uma resposta aos concorrentes, ao anunciar, em maio, uma nova política de preços que prometia baratear o gás para distribuidoras e oferecer produtos mais customizados – e competitivos – no mercado livre.

Às distribuidoras, a estatal ofereceu um desconto até o fim de 2025, válido apenas para uma parcela do volume contratado: 60% da quantidade diária contratada seguirá atrelada às condições vigentes e os outros 40% à nova precificação (de 11% do preço do Brent).

Na renegociação, as concessionárias, juntas, ampliaram em 450 mil m3/dia o volume contratado com a Petrobras entre 2029 e 2034.