ARACAJU – O diretor Comercial e Regulatório da TAG, Ovídio Quintana, criticou o modelo de tributação da cadeia de gás natural. Em entrevista à epbr nesta quinta (25/7), o executivo comparou a malha de gás à internet. “A gente tributa essa nossa cadeia como se estivesse tributando um e-mail. Você tem que tributar o direito de uso da internet, é diferente”, comparou.
Quintana defende que não se trata de uma movimentação física, mas de um direito de uso da indústria de transporte. Ao sugerir que a tributação seja mais simples, o diretor acredita que o setor terá mais liquidez para as transações, auxiliando na redução dos preços.
“Se você está conectado, o nosso papel é fazer com que você possa fazer transações comerciais com todos os agentes que estão conectados, por isso será a internet do gás”, brincou.
A digitalização é outra aliada importante para facilitar o encontro de agentes na indústria de rede, que envolve transporte e distribuição.
“Nós conectamos as fontes de suprimento, transferimos a custódia logística nos citygates para a distribuidora, que entrega na porta de cada usuário, então a relação entre transporte e distribuição é fundamental para fazer essa cadeia funcionar”, explicou.
Para o executivo da TAG, uma iniciativa importante seria a instalação rápida de um hub de comercialização, com a finalidade de “remover algumas travas”.
A discussão sobre a remuneração também é abordada como ponto essencial no setor, cujos investimentos são altos e os retornos observados a longo prazo.
“A gente [precisa] destravar as interconexões, que são barreiras virtuais. Todos os dias o gás flui por todo o país. Temos que dar mais liberdade aos agentes transacionarem do Rio Grande do Sul ao Ceará, onde começa a malha, lá embaixo, e onde termina a malha integrada”, sugeriu.
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