BRASÍLIA — O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a União Europeia assinaram, na segunda (22/7), uma carta de intenções formalizando a doação de 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 120 milhões) ao Fundo Amazônia, com foco no apoio ao desenvolvimento sustentável da região.
O Fundo Amazônia tem hoje R$ 3,9 bilhões em recursos não reembolsáveis oriundos de doações. No ano passado, o mecanismo bateu recorde de investimentos em novos projetos, após quatro anos desativado.
Atualmente, 114 projetos são apoiados, e vão do Arco da Restauração (maior projeto de restauro de florestas nativas) ao fortalecimento do Corpo de Bombeiros no enfrentamento a incêndios e o combate ao crime organizado na região. De acordo com o BNDES, que gerencia o fundo, cerca de 240 mil pessoas são beneficiadas com atividades produtivas sustentáveis.
“Essa sinalização é muito importante porque é uma contribuição do conjunto dos 27 países que fazem a União Europeia. Tem um significado maior, dá muito respaldo e credibilidade ao Fundo Amazônia, que se consolidou por ter uma gestão transparente, eficiente, responsável e por responder a uma das principais demandas, que é dramática crise climática do planeta. Nós reduzimos em 50% o desmatamento, é por isso que essas contribuições estão sendo fortalecidas”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em evento no Rio.
Empréstimo para economia verde
Além da doação da UE ao Fundo Amazônia, o presidente do BNDES também anunciou que foram concluídas as negociações com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) para o financiamento, de 300 milhões de euros, vinculado à transição energética, economia verde e transição digital.
“Nós já concluímos também a garantia soberana do Ministério da Fazenda e, agora, vai para o Senado Federal. Assim que for aprovado pela comissão, estarão liberados os recursos. É mais dinheiro para nossa economia”, explicou.