A joint venture formada pela Stolthaven Terminals e a Global Energy Storage (GES) divulgou, nesta quarta (10/7), que foi selecionada como a “potencial operadora” para planejar, projetar, construir e operar um terminal de amônia verde no hub de hidrogênio do Porto do Pecém, no Ceará.
O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) concedeu os direitos para o grupo após um processo de licitação de 15 meses aberto a provedores globais de armazenagem.
A próxima fase do projeto será de desenvolvimento da engenharia básica do terminal, com participação do CIPP e dos produtores de amônia. Só então o contrato final poderá ser assinado.
Instalado na Zona Industrial de Exportação (ZPE) do Pecém, o terminal deverá atender às indústrias de hidrogênio verde que planejam operar no porto. Boa parte dessa produção deve ser exportada na forma de amônia para abastecer o mercado global, especialmente a Europa.
O porto já assinou 33 memorandos de entendimento com empresas interessadas em produzir hidrogênio no Ceará. Em novembro de 2023, a australiana Fortescue recebeu a primeira licença prévia para sua unidade no hub.
Exportação de amônia
Em 2023, a Stolthaven Terminals e a GES concordaram em formar uma parceria para desenvolver e operar um terminal de exportação de hidrogênio verde e seus derivados. A Stolthaven Terminals e a GES são fornecedoras globais de serviços de armazenagem para líquidos e gases a granel.
A Stolthaven Terminals também opera como fornecedora de armazenagem no Porto de Santos, com manuseio de biocombustíveis e químicos de especialidade.
Segundo a companhia, a amônia verde está sendo explorada como uma opção para descarbonizar a indústria naval e siderurgia, entre outras, e há um potencial a ser explorado como transportadora de hidrogênio em longas distâncias.
A expectativa é que a amônia desempenhe um papel importante no cumprimento da meta da União Europeia de importar 10 milhões de toneladas por ano de hidrogênio renovável até 2030.