Energia Eólica

Nordeste não quer se resumir a exportar energia, diz Fátima Bezerra

Estado desenvolve porto-indústria por PPP para atrair cadeia de suprimentos 

Região Nordeste do Brasil não quer se resumir a exportar energia, diz Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte, durante entrevista ao estúdio epbr no Evex Brasil 2024, em Natal, em 4/7/2024 (Foto: epbr)
Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte, concede entrevista ao estúdio epbr no Evex Brasil 2024, em Natal (Foto: epbr)

NATAL – A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), disse nesta quinta (4/7) que o Nordeste tem levado ao mercado internacional a mensagem de que não pretende se resumir a vender energia para o mundo. A região quer ser um polo de produção de commodities descarbonizadas e, assim, desenvolver a indústria local.

No caso do RN, o estado enxerga potencial para descarbonizar o setor de construção, usando o hidrogênio na indústria de cimento e siderurgia.

“Nós queremos, antes de mais nada, fazer com que esse nosso potencial extraordinário traga desenvolvimento para nós, promovendo a industrialização e, com isso, gerar empregos para o nosso povo”, disse a governadora em entrevista ao estúdio epbr, na Evex Brasil 2024, que ocorre em Natal. Assista na íntegra acima.

Fátima Bezerra está na presidência do consórcio de governadores do Nordeste. No primeiro semestre de 2024, o grupo visitou países europeus como Holanda, Bélgica e Alemanha em busca de parcerias e investimentos para desenvolver a cadeia de eólicas offshore e hidrogênio verde.

A governadora também afirma que há sinergia entre os planos de desenvolvimento da região e políticas do governo federal como o Plano de Transformação Ecológica e o Nova Indústria Brasil.

Porto indústria verde

Desenhado para ser instalado em Caiçara do Norte (RN), o Porto Indústria Verde será um empreendimento voltado para a indústria offshore combinado com a produção de hidrogênio e derivados.

O estado reúne pouco mais de 25 GW dos 234 GW em projetos de parques eólicos offshore com pedidos de licenciamento no Ibama.

“O Porto Indústria Verde vem no sentido de dialogar com essa nova fronteira. A concepção do porto é uma PPP. Fizemos a primeira etapa, de estudo do impacto ambiental, agora estamos partindo para a licença e o BNDES está fazendo os estudos complementares”, contou a governadora..

Ela completa que o foco é offshore, mas o porto é multiuso e pode agregar o escoamento de produtos da mineração, entre outras atividades econômicas.

Confira a cobertura exclusiva do estúdio epbr na EVEx Brasil 2024