A Petrobras informou, nesta sexta-feira (28/6), que encerrou o contrato de tolling com a Unigel. Segundo a estatal, as condições de eficácia não foram atendidas dentro do prazo estabelecido, que acabou na quinta-feira (27).
“As contratantes seguem na análise de uma solução definitiva, rentável e viável para o suprimento de fertilizantes ao mercado brasileiro”, afirmou a Petrobras, em nota. A empresa prevê a reorganização de suas operações no segmento de fertilizantes no Plano Estratégico 2024-2028.
O contrato de industrialização por encomenda (tolling) foi assinado no fim de dezembro de 2023, sob a gestão de Jean Paul Prates, para produção de fertilizantes nas fábricas de Sergipe e da Bahia. O acordo previa que a Petrobras forneceria gás para a Unigel operar as plantas e receberia os fertilizantes para comercialização no mercado.
A iniciativa logo esbarrou em questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU). Em fevereiro, a área técnica do tribunal apontou falhas na governança da Petrobras e distorções nos cálculos que justificaram a assinatura do contrato.
Após apuração interna feita pela Diretoria de Governança e Conformidade com apoio da empresa de auditoria KPMG, a estatal informou que não foram encontradas irregularidades na assinatura do contrato.
Isso porque, após o acordo, foram divulgadas suspeitas de interferência dos diretores Sergio Caetano Leite (Financeiro) e William França (Processos Industriais e Produtos) para agilizar o contrato. Segundo a estatal, a apuração “concluiu pela não confirmação de irregularidades nesse sentido”.