RIO – A Vibra Energia começou a rodar o seu braço de comercialização de gás natural. A empresa vem montando seu portfólio e fechou seus primeiros contratos de compra e de venda de molécula no mercado livre.
A agência epbr apurou que a companhia assinou, em abril, um contrato de venda de molécula para a mineradora Samarco; e um acordo de compra de gás com a PetroChina – em 2023; já havia celebrado um outro contrato com a Shell Energy.
São contratos MSA (do inglês Master Sale Agreement) – que definem as condições gerais de um contrato flexível. É um tipo de acordo que define as bases que permitem às partes serem mais ágeis em potencias negociações futuras.
Ou seja, não significa que a Vibra esteja, necessariamente, comprando e vendendo gás, mas sim montando a sua carteira de fornecedores e clientes. Questionada, a companhia não quis se manifestar se já iniciou as operações.
Fato é que a empresa contratou capacidade na malha de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG), para retirada de 40 mil m3/dia no Espírito Santo até o fim do ano.
Vibra se reposiciona no gás
A Vibra vem se reposicionando no mercado de gás, nos últimos anos. Em 2020, vendeu a CDGN, que atua com gás natural comprimido (GNC); e, no ano passado, se desfez de sua participação na ES Gás, distribuidora de gás canalizado do Espírito Santo.
A companhia mira, estrategicamente, a comercialização de gás on-grid e off-grid – a Vibra chegou a negociar, no passado, uma parceria com a Golar Power (depois New Fortress) na distribuição de gás natural liquefeito (GNL) em pequena escala, mas o negócio não vingou.
A empresa quer se valer de sua rede B2B – consumidores finais, sejam empresas privadas e entes públicos de diferentes setores, como indústrias, agronegócio e transportadoras – para explorar o serviço de comercialização não só de gás, mas também biometano.
A Vibra comprou, nesse sentido, 50% da ZEG Biogás, que atua na produção e comercialização do gás renovável.
Jambeiro (SP), a primeira planta de biometano da companhia, começou a operar em junho de 2023, com capacidade para 30 mil m3/dia.
A segunda usina – Aroeira (MG) – deve ficar pronta em agosto, com previsão de produção de 15 mil m³/dia. A segunda fase do projeto vai dobrar a produção para 30 mil m3/dia.