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A partir da experiência com a abertura do mercado de gás em países europeus, asiáticos, Austrália e Estados Unidos, a Shell Energy entendeu que, além da competitividade no preço, flexibilidade e liquidez são ativos essenciais para incentivar as indústrias grandes consumidoras de gás natural a fazerem a migração para este ambiente de negócios.
Durante a segunda edição do Shell Energy Gas Forum, a gerente de Vendas e Originação de Gás da Shell Energy Brasil, Carolina Bunting, explicou que ter um contrato que faça sentido econômico para o cliente é importante, mas é preciso também olhar para os termos e condições. Assista na íntegra acima.
“Cada indústria tem suas complexidades. Costumo dizer que o contrato original no mercado de gás é um contrato de penalidades – o cliente é penalizado quando demanda mais gás do que o acordado, e também quando precisa de menos gás. Com a abertura, o cliente industrial tem a opção de ser mais flexível e pode comprar e vender no mercado spot, conseguindo equilibrar seu portfólio”, afirmou Carolina.
E reforçou: “O papel da comercializadora é trazer liquidez e eficiência. Conectar produtores como a Shell com o mercado, e vice-versa, para que a gente não tenha uma pilha de penalidades que encarecem o produto. Essa eficiência traz mais competitividade e segurança para outros clientes migrarem”.
Nesse sentido, Carolina falou sobre o modelo de contrato criado pela Shell Energy que permite negociações constantes de curto e longo prazos e garante ao consumidor industrial mais liberdade de gestão do ativo: o Master Sales Agreement (MSA).
“O contrato original de gás é um instrumento excelente para um acordo de longo prazo, mas ele leva muito tempo para ser negociado. No Master, como a maioria dos termos e condições já são pré-estabelecidos, temos eficiência para fazer uma negociação na sexta e já começar a fornecer no sábado, por exemplo. A gente avalia o que faz mais sentido para a gestão de gás do cliente, os contratos se adaptam para atender qualquer que seja a estratégia comercial”, explicou Carolina.
Aposta das grandes indústrias
Também participaram da transmissão do Shell Energy Gas Forum a coordenadora de Suprimentos de Insumos da empresa de papel e celulose da Suzano, Nathalia Fan Naville, e a gerente de Suprimentos de Combustíveis e Lubrificantes da Vale, Leticia Garcez. As executivas compartilharam as experiências de suas empresas no processo de migração para o mercado livre.
Recentemente, a Suzano fechou o primeiro contrato de migração total em uma fábrica localizada em Aracruz, no Espírito Santo. A partir de julho, a Shell Energy Brasil passará a fornecer todo o gás utilizado pela planta em sua operação: 240 mil m³ por dia.
“O ponto de vista competitivo da migração é inegável, mas os pontos fundamentais das discussões prévias à tomada de decisão foram as apresentações dos riscos envolvidos e a mitigação desses potenciais riscos. (…) O fato de a Shell ser uma empresa consolidada no mercado gera mais conforto em todas as esferas e isso contribuiu para essa tomada de decisão”, disse Nathalia.
A Vale entrou no mercado livre de gás no fim do ano passado, em suas unidades no Espírito Santo, e tem a Shell Energy como um dos principais supridores da molécula. Leticia contou que, incialmente, a companhia testou o modelo por meio de um contrato interruptível e, depois, fechou um contrato firme de curtíssimo prazo em 2023. Os resultados deram confiança para que, em 2024, mineradora entrasse no mercado de maneira mais intencional e madura.
“O que temos visto é que o mercado livre tem trazido resultados. Claro que tem riscos, mas são riscos controlados, então a gente caminha muito nesse sentido. O gás natural, enquanto insumo, tem um impacto muito grande no custo. Conseguir comprar um gás mais competitivo é de fato trazer mais eficiência para a companhia e essa equação acaba ficando muito clara na tomada de decisão”, explicou Leticia.