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Energisa vê distribuidoras de gás como solução de infraestrutura para captura de carbono 

Ricardo Botelho diz que distribuição de gás também será um serviço de transporte de CO2

O CEO da Energisa, Ricardo Botelho, durante a abertura do Energy Summit 2024 (Foto: Cortesia)
O CEO da Energisa, Ricardo Botelho, durante a abertura do Energy Summit 2024 (Foto: Cortesia)

RIO – O CEO da Energisa, Ricardo Botelho, afirmou nesta terça-feira (18/6) que vê as distribuidoras de gás canalizado como prestadoras de soluções de infraestrutura mais amplas no futuro – associadas a novos negócios como como a Captura, Uso e Armazenamento de Carbono (CCUS).

“A gente acha que o serviço de distribuição de gás também é um serviço de transporte de gás carbônico. Uma hora vai ser”, afirmou o executivo a jornalistas, após participar do Energy Summit, no Rio de Janeiro.

“A distribuidora de gás é uma provedora de infraestrutura, uma comercializadora de molécula e também pode fazer esse outros tipos de serviço que vêm com a transição energética”, complementou.

A Energisa entrou no segmento de distribuição de gás em 2023, com a aquisição de 100% da ES Gás, no Espírito Santo.

Um ano depois, o grupo deu o seu segundo passo no mercado, em maio, ao fechar contrato de R$ 890 milhões para aquisição da Infra Gás e Energia – que, por sua vez, detém o acordo com a Compass para compra dos 51% na Norgás, holding que reúne participações em cinco distribuidoras do Nordeste.

A transação, prevista para ser concluída em julho, permitirá à Energisa entrar, como acionista indireto não controlador, no capital da Cegás (CE), Copergás (PE), Algás (AL), Potigás (RN) e Sergas (SE).

De acordo com Botelho, a empresa está “caminhando a passos céleres” para concluir a negociação.

Em meio à entrada da Energisa no capital da Sergas, a Agrese, a agência reguladora de Sergipe, pautou para julho uma audiência para discutir a revisão dos termos do contrato de concessão da distribuidora de gás canalizado no estado. Botelho preferiu não comentar sobre o caso.

O regulador anunciou a realização da audiência pública para o dia 22 de julho, quando serão discutidos, entre outros pontos, a taxa de retorno de investimentos de 20%, que limita desenvolvimento do mercado.