BRASÍLIA – Com mais de 40 anos de experiência na área de Exploração e Produção, Sylvia Anjos é geóloga aposentada da companhia e já ocupou cargos na Petrobras ao longo da carreira, com destaque para as funções de Gerente Geral da Exploração em geologia Aplicada e a de Gerente Geral de Tecnologias do Ativo de Libra.
Sylvia Anjos ficará responsável pelos projetos de exploração, como a tentativa da Petrobras de perfurar o primeiro poço e abrir a fronteira da Foz do Amazonas, no Amapá.
A presidente da companhia, Magda Chambriard chegou a afirmar recentemente que a Petrobras já atendeu a todos os requisitos técnicos, indicando a necessidade de uma decisão política.
A próxima diretora do E&P substitui Joelson Falcão Mendes, executivo que defendia que sem a exploração de novas fronteiras, o país corre o risco de voltar a depender de petróleo importado.
Foi presidente por dois termos na Associação Brasileira de Geólogos do Petróleo (ABGP) e também vice-presidente da American Association of Petroleum Geologists (AAPG Latin America).
Além disso, compôs a equipe de geólogos chefiada por Guilherme Estrella, marcada pelos estudos que descobriram o pré-sal.
Atuou, ainda, no programa “Gás & Energia Competitivo”, programa da Petrobras para o mercado de gás natural. Também é membro e co-fundadora do comitê de diversidade do IBP desde 2018.
Com as indicações de Sylvia Anjos e Renata Baruzzi para a diretoria de Engenharia, a diretoria-executiva da Petrobras terá quatro mulheres, entre as nove vagas, ao lado da presidente da companhia, Magda Chambriard e a diretora Clarice Coppetti, de Assuntos Corporativos.
A indicação será submetida, juntamente com os nomes de Renata Baruzzi e Fernando Melgarejo, para diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores, aos procedimentos internos de governança da Petrobras.
Foz do Amazonas “dificilmente” será resolvida com decisão técnica
Essa semana, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, criticou a demora do Ibama em autorizar a exploração de petróleo na Margem Equatorial e afirmou que a questão vai além da discussão técnica.
Chambriard disse ser difícil acreditar que a não autorização seja resultado de incompetência das operadoras para justificar o licenciamento. “O que não se resolveu em dez anos dificilmente será resolvido tecnicamente”, afirmou. Veja a íntegra
E voltou a afirmar que pretende levar o assunto ao conjunto do governo, reunido no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE); apresentar aos ministros a “segurança e excelência” da produção de petróleo da empresa.
O presidente Lula saiu em defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ambos participaram de evento do FII Institute, no Rio.
“Na hora em que começarmos a explorar a Margem Equatorial, eu acho que a gente vai dar um salto de qualidade extraordinário. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente. Mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer”, disse.
Desde antes da posse, em maio, a nova presidente da Petrobras não esconde a defesa da expansão da fronteira exploratória para a Margem Equatorial – áreas licitadas pela ANP sob seu comando. “Vamos ter que conversar com o MMA, mostrar que a Petrobras está ofertando muito mais do que a lei demanda”, disse ao assumir a companhia.
O componente político do licenciamento na Foz do Amazonas é claro. À área ambiental do governo, com apoio de ambientalistas e setores da sociedade que apoiaram a eleição de Lula, são contrários à exploração na bacia do litoral do Amapá, mas também nas outras que costeiam os estados do Norte e Nordeste.