RIO – A Petrobras anunciou, nesta sexta-feira (24/5), a assinatura dos contratos de aquisição dos navios-plataforma P-84 e P-85 com a Seatrium O&G Americas Limited. As novas unidades do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) serão instaladas nos campos de Atapu e Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos, com início de produção previsto entre 2029 e 2030.
As plataformas P-84 e P-85 serão instaladas em águas ultraprofundas, com profundidade superior a 2 mil metros. Cada uma terá capacidade de produção diária de 225 mil barris de óleo e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás natural.
A construção será realizada em estaleiros no Brasil, China e Singapura, com percentuais de conteúdo local de 20% na P-84 e 25% na P-85.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que Magda Chambriard assumiu a presidência da Petrobras. A executiva é defensora da ampliação do conteúdo local e terá como um de seus desafios a inflação global do setor de petróleo, que afeta os prazo e condições dos fornecedores, especialmente para a entrega de plataformas.
Produção atual e futuras unidades
Atualmente, os campos de Atapu e Sépia produzem por meio das plataformas P-70 e FPSO Carioca, respectivamente.
Segundo a Petrobras, os projetos das P-84 e P-85 preveem uma redução de 30% na intensidade de emissões de gases de efeito estufa por barril de óleo equivalente produzido.
A configuração All Electric, otimizações na planta de processamento e tecnologias como zero ventilação de rotina, captação profunda de água do mar, variadores de velocidade em bombas e compressores, cogeração, zero queima de rotina, e captura e armazenamento geológico de CO2 contribuem para essa eficiência.
A Petrobras detém 65,7% de participação na jazida de Atapu, em parceria com Shell (16,7%), TotalEnergies (15%), Petrogal Brasil (1,7%) e União, representada pela PPSA (0,9%).
No campo de Sépia, a Petrobras possui 55,3% de participação, juntamente com TotalEnergies (16,9%), Petronas (12,7%), QatarEnergy (12,7%) e Petrogal Brasil (2,4%).
Em ambas as jazidas, a Petrobras é a operadora, e a PPSA atua como gestora do contrato de partilha.