RIO – A Petrobras vai oferecer novas modalidades comerciais na venda de gás natural, com a oferta de um mecanismo de redução nos preços para as distribuidoras com base no desempenho. Para os clientes do mercado livre, a companhia vai adotar uma nova carteira de produtos, mais customizados.
Segundo a estatal, o mecanismo para as distribuidoras pode levar a uma redução adicional de até 10% nos preços da molécula de gás. A expectativa é que as negociações no mercado livre também se tornem mais competitivas com os novos produtos.
O mais recente reajuste nos preços do gás natural fornecido pela companhia às distribuidoras foi em 1º de maio, quando houve uma redução média de 1,5% na cotação em reais por metro cúbico, na comparação com a média dos três meses anteriores. Com essa diminuição, o preço da molécula acumula queda de 25% desde o início de 2023. A queda reflete a redução no preço do barril de petróleo no mercado internacional, usado como indexador nos contratos de gás, e a variação do dólar.
A estatal já havia anunciado novos modelos para a negociação do gás natural no ano passado, com mudanças como a ampliação dos prazos contratuais e a possibilidade de entrega no hub ou no ponto de entrega (citygate).
A atual gestão da companhia tem sinalizado que pretende garantir fatia de mercado. Nos últimos anos, a Petrobras perdeu espaço no suprimento de gás, sobretudo no Nordeste, em meio à venda de ativos e às alterações do Novo Mercado de Gás, que permitiu a entrada de novos atores nesse segmento.
Em nota, a Petrobras ressaltou que o preço final do gás aos consumidores não depende apenas do preço de venda da molécula, mas também do custo do transporte e do portfólio de suprimento e das margens de cada distribuidora, assim como dos tributos federais e estaduais. A empresa ressaltou ainda que a atualização recente nos preços não impacta o gás liquefeito de petróleo (GLP).