Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Os preços do petróleo continuam a subir. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante visita na Arábia Saudita Foto: State Department photo/ Public Domain
Os preços do petróleo continuam a subir. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante visita na Arábia Saudita Foto: State Department photo/ Public Domain

Investing.com – Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 10 de maio, sobre os mercados financeiros:

1. Todos os olhos voltados à inflação dos EUA

O calendário de quinta-feira traz o ponto mais importante de dados econômicos da semana. O Departamento de Comércio irá publicar os números da inflação de abril às 09h30, com investidores atentos para ver se os dados serão melhores do que o esperado. Analistas do mercado esperam que os preços ao consumidor tenham subido 2,5% em comparação ao ano anterior, alta a partir de 2,4% em fevereiro.

O núcleo da inflação, que exclui alimentos e combustível, tem projeções de subir para 2,2%, um pouco mais do que os ganhos de 2,1% registrados no mês precedente. O núcleo dos preços é visto pelo Federal Reserve como uma melhor aferição da pressão inflacionária de longo prazo porque exclui as categorias voláteis de alimentação e energia. Uma alta na inflação pode ser um sinal de que o Fed teria que elevar as taxas de juros mais rapidamente caso comece a ficar acima da meta de 2%.

O índice dólar, que acompanha a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, caía um pouco para 92,80, distanciando-se de 93,26, máxima de quatro meses e meio atingida na semana passada. No mercado de títulos, o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos recuava para 2,98% após ter subido acima do importante nível de 3% na quarta-feira.

2. Nvidia divulga resultados

Com a temporada de resultados chegando ao fim, a Nvidia (NASDAQ:NVDA) é um dos nomes notáveis que deverá divulgar os resultados do primeiro trimestre após os mercados dos EUA fecharem nesta quinta-feira. A fabricante de chips gráficos deverá divulgar lucro por ação de US$ 1,56 com receitas de US$ 2,82 bilhões, segundo estimativas.

Investidores provavelmente estarão particularmente interessados em notícias relacionadas a perspectivas futuras de processadores gráficos em centros de dados e no segmento de jogos, inteligência artificial e mineração de criptomoedas. As ações da empresa sediada em Santa Clara, na Califórnia, estavam sendo negociadas em máxima histórica de US$ 257,50 antes do pregão.

Outros destaques esperados na quinta-feira incluem os ganhos do setor de tecnologia da Dropbox (NASDAQ:DBX), que passou a ser negociada na bolsa recentemente, e da Symantec (NASDAQ:SYMC).

3. Preços do petróleo atingem outra máxima de 3 anos e meio

Os preços do petróleo continuavam a subir, atingindo outro pico de três anos e meio, já que as crescentes tensões geopolíticas entre Israel e o Irã geravam mais incertezas sobre problemas na oferta da região. Em um ponto, contratos futuros de petróleo Brent atingiram US$ 78,00 o barril, máxima desde novembro de 2014. Eram negociados a US$ 77,72, alta de US$ 0,51 ou cerca de 0,7%.

Enquanto isso, contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociados em Nova York, avançavam US$ 0,50, ou 0,7% para US$ 71,64 o barril após terem atingido, durante a sessão, US$ 71,89, máxima também vista apenas no final de 2014. Novas máximas de petróleo foram atingidas após forças iranianas na Síria terem lançado um ataque contra as bases do exército israelense nas colinas de Golan, disse Israel, provocando um dos mais pesados bombardeios israelenses na Síria desde o início do conflito no país em 2011.

Preocupações com o Irã, incluindo seu acordo nuclear com as principais potências mundiais, têm sido fundamentais para a recente recuperação da cotação do petróleo, que atinge níveis do final de 2014.

4. Mercado futuro dos EUA aponta para abertura positiva

O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura positiva, já que os mercados aguardam um novo lote de dados econômicos e de resultados corporativos, ao mesmo tempo em que estão atentos ao espaço do petróleo. Por volta das 06h30, o índice blue chip futuros do Dow ganhava 35 pontos, ou cerca de 0,15%, os futuros do S&P 500 avançavam 5 pontos, ou cerca de 0,2%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 13 pontos ou cerca de 0,2%.

A movimentação antes do pregão acontece após as bolsas norte-americanas terem encerrado a sessão anterior com quase 1% de alta, com o aumento nos preços do petróleo impulsionando ações do setor de energia. Já na Europa, as principais bolsas do continente estavam majoritariamente em alta na metade da manhã, com os bancos liderando o caminho após o Royal Bank of Scotland (LON:RBS) ter chegado a um acordo com o governo dos EUA em valores menores do que se esperava.

Mais cedo, na Ásia, os mercados na região fecharam em diferentes direções, impulsionados por forte liderança de Wall Street durante a noite.

5. “Super Quinta-Feira” do Banco da Inglaterra

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) irá anunciar sua decisão sobre a taxa de juros às 08h00, com as expectativas do mercado agora em sua maior parte favoráveis à manutenção dos custos de crédito na taxa de 0,5%. As apostas sobre as taxas de juros têm oscilado bastante desde o início de abril, quando os investidores precificavam uma chance de 90% de que BoE elevasse as taxas em 25 pontos base.

Mas é quase certo que uma onda de dados econômicos fracos estará nas mãos do BoE, que pode agora lutar para convencer os investidores de que aumentará os custos dos empréstimos ainda neste ano. Mark Carney, dirigente do BoE, participará de uma entrevista coletiva pouco depois do anúncio e investidores irão monitorar suas palavras na busca de sinais sobre qual é o apetite referente a aumentos de juros em 2018.

A libra esterlina britânica estava em leve alta frente ao dólar, cotada a 1,3565, ainda próxima de 1,3483, mínima de quatro meses atingida na terça-feira. Mais comentários pacíficos do BoE poderiam fazer com que a moeda caísse ainda mais.