Petrobras lucra R$ 7 bi no trimestre

Diretoria apresenta os resultados de 2017. Foto: Francisco de Souza/Agência Petrobras
Diretoria apresenta os resultados de 2017. Foto: Francisco de Souza/Agência Petrobras

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,96 milhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 56% na comparação com o resultado apurado em igual trimestre do ano passado.
 
O resultado da Petrobras foi impactado positivamente por:
 
. Aumento da cotação do Brent, que resultou em maiores margens nas exportações de petróleo;
. Maior lucro com vendas de derivados, em consequência da política de preços implementada;
. Maiores margens e volumes na comercialização de gás natural;
. Ganho de R$ 3.223 milhões com alienação dos ativos de Lapa, Iara e Carcará;
. Menores gastos com ociosidade de equipamentos;
. Redução das despesas gerais e administrativas.

A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no 1T-2018 foi de 2,680 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), 4% inferior em relação a 2017, refletindo, principalmente, as paradas programadas e o desinvestimento em Lapa. A produção de derivados no Brasil caiu 7%, enquanto a venda doméstica reduziu 9% na comparação anual, totalizando 1.679 mil barris por dia (bpd) e 1.768 mil bpd, respectivamente, devido ao aumento da importação de terceiros e perda de participação de mercado da gasolina para o etanol.
 
. A ANP qualificou BP, ExxonMobil, Petrogal, Queiroz Galvão e Shell como operadoras A na 15a rodada, que aconteceu mês passado. A QPI foi qualificada como Não operadora na concorrência.

Os preços do petróleo nos EUA subiram acima de US$ 70 o barril pela primeira vez desde 2014, no mais recente sinal de que o crescimento econômico dinâmico e a preocupação dos investidores com o risco de conflito no Oriente Médio estão mais uma vez remodelando o setor energético mundial.

Petrobras ainda avalia que modelo adotará para contratação das plataformas previstas para operar a partir de 2023, informou ontem a empresa. A estatal cogita tanto afretar quanto retomar a contratação de unidades próprias, enquanto ainda se esforça para mitigar os impactos dos atrasos de sua última grande encomenda de plataformas próprias, feita há mais de sete anos atrás.

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve votar, amanhã, o recurso voluntário para medida cautelar da Âmbar, empresa de energia da J&F, holding que controla a JBS, para que a Petrobras forneça gás este ano, através de um contrato e a preço de mercado para usina Térmica de Cuiabá, controlada pela Âmbar.

Reforçando a estratégia de se consolidar como uma empresa relevante também no setor de energia elétrica, a Raízen vai entrar no segmento de comercialização, por meio de uma parceria com a empresa local WX Energy.

Concluída sua abertura de capital, no fim de 2017, a BR Distribuidora se prepara neste ano para avançar na revisão de alguns dos seus negócios. A exemplo de sua controladora, a Petrobras, a distribuidora estrutura sua carteira de desinvestimentos, ao mesmo tempo em que busca parceiros para áreas estratégicas.

ritmo de expansão da capacidade de cogeração de energia a partir do bagaço da cana nunca esteve tão fraco desde que o segmento começou a investir na atividade com mais força, no início da década passada. No entanto, os últimos leilões de geração já apresentaram um cenário mais previsível e rentável, o que poderá estimular uma retomada dos aportes, de acordo com analistas e executivos.