Combustíveis e Bioenergia

Queda do petróleo amplia pressão por reajuste de combustíveis

WTI e Brent fecharam no menor patamar desde julho e diesel no Brasil já está 6% mais caro que no exterior, segundo Abicom

Queda nos preços Brent e WTI do petróleo amplia pressão por reajuste nos combustíveis da Petrobras. Na imagem: Bomba de abastecimento de diesel (na cor preta) e etanol (na cor verde) em posto de combustíveis (Foto: Alexander Fox/planet_fox/Pixabay)
Bomba de abastecimento de diesel e etanol em posto de combustíveis (Foto: Alexander Fox/planet_fox/Pixabay)

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  • Queda do petróleo amplia pressão por reajuste de combustíveis;

  • PF dá prioridade à investigação de mina da Braskem em Maceió;

  • Petrobras volta a perfurar na Margem Equatorial;

  • Indústrias se comprometem a instalar mais 100 GW de renováveis.

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O preço do petróleo fechou a quarta-feira (6/12) em baixa de até 4%, com o barril do WTI custando menos de US$ 70 e o Brent a menos de US$ 75 – o menor patamar para os dois índices desde julho.

  • O WTI para janeiro fechou em queda de 4,06%, a US$ 69,38 o barril. O Brent para fevereiro caiu 3,75%, a US$ 74,30 o barril.

  • A redução é influenciada pelas incertezas em meio à alta nos estoques americanos de gasolina, aos temores de uma possível desaceleração da demanda e à desconfiança em relação aos efeitos dos cortes da Opep+.

No Brasil, a pressão pela redução dos preços dos combustíveis aumenta com os patamares mais baixos do petróleo no mercado internacional.

  • Isso porque as cotações mais baixas já derrubaram os preços do diesel no exterior, levando o Brasil a vender o combustível 6% mais caro do que lá fora, segundo cálculo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

  • último reajuste dos combustíveis feito pela Petrobras ocorreu em meados de outubro, com a queda de 4% no preço da gasolina e alta de 6,5% no diesel.

ATUALIZAÇÃO: A Petrobras anunciou a redução do preço do diesel em 6% nesta sexta-feira (7/12)

Venezuela x Guiana. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou a criação da PDVSA Essequibo e o licenciamento da exploração e produção de óleo e gás no território que hoje pertence à Guiana.

  • O político propôs uma lei que dê prazo de três meses para as petroleiras pararem as atividades no local. Ele disse, no entanto, que “está aberto para conversar”.

  • Atualmente, 14 empresas operam na costa da Guiana, onde foram encontrados mais de 11 bilhões de barris de petróleo

  • Maduro apresentou também um “novo mapa” da Venezuela, incorporando o território de Essequibo

O presidente Lula tratou da crise entre Venezuela e Guiana em uma reunião no fim da tarde de quarta-feira com o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim.

  • De acordo com o ministro da Defesa, José Múcio, Lula ordenou a “blindagem” da fronteira com a Venezuela para evitar qualquer incidente.

PF investiga Braskem. A Polícia Federal passou a considerar prioridade o inquérito que apura o afundamento do solo causado pela exploração de sal-gema em Maceió, quatro anos após a abertura da investigação, em 2019.

  • Os crimes apurados são de poluição qualificada, usurpação de recursos da União, apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos, inclusive por omissão, entre outros delitos.

  • Investimento da Chevron. A petroleira norte-americana prevê investir cerca de US$ 16 bilhões em 2024 (R$ 74,8 bilhões). Desse total, US$ 14 bilhões serão aplicados em exploração e produção, com dois terços alocados nos Estados Unidos.

    • O gás natural não convencional receberá US$ 6,5 bilhões e os projetos de baixo carbono, redução das emissões e geração de energia ficarão com US$ 2 bilhões.

    Perfuração na Margem Equatorial. O navio-sonda responsável pela perfuração do poço de Pitu Oeste partiu na terça-feira (5/12) do Rio de Janeiro em direção à locação no Rio Grande do Norte.

    • A perfuração, prevista para começar ainda em dezembro na concessão BM-POT-17, marcará o retorno da Petrobras à Margem Equatorial e deve durar de 3 a 5 meses.

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    O futuro da Energia Vem de Vibra

    epbr, em parceria com a Vibra, realiza nesta quinta-feira (7/12), a partir das 9h, o webinar “O futuro da Energia Vem de Vibra”, onde vamos discutir a transição energética no transporte e na indústria, com as novas demandas da sociedade e os investimentos para descarbonização dos combustíveis fósseis, os biocombustíveis, SAF e eletrificação de frotas.

    Vamos ainda abordar a gestão de energia e compensação de carbono, pois a migração para a economia de baixas emissões passa também pelo empoderamento do consumidor, com a ampla abertura do mercado livre, eficiência energética, geração distribuída e autoprodução de energia

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    ICMS do gás. O governo do Paraná encaminhou para a Assembleia Legislativa do Estado uma proposta de redução na alíquota do ICMS sobre toda a cadeia do gás natural, de 18% para 12%. O projeto de lei 1023/2023 também ajusta a alíquota do imposto estadual sobre a energia elétrica. Nesse caso, o ICMS subirá de 18% para 19%.

    SAF insuficiente. A produção de combustível sustentável de aviação (SAF) precisa aumentar 1.000 vezes até 2050 para zerar as emissões líquidas de carbono do setor aéreo, segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata).

    • Em 2023, apenas 500 mil de toneladas de SAF foram produzidas, o que representou 0,2% do consumo total da indústria. Para 2050, a indústria tem uma demanda mínima de 500 milhões de toneladas.

    Opinião: Ponderações essenciais sobre o marco regulatório das eólicas offshore Lacunas podem resultar em dependência tecnológica e desarticulação econômica e industrial, escreve Francismar Ferreira.

    Opinião: COP28: a solução para a descarbonização está no tratamento do lixoA utilização do gás verde no transporte rodoviário é capaz de reduzir até 96% das emissões de carbono, avalia Maurício Carvalho.

    Mais 100 GW renováveis. Um grupo de mais de 60 CEOs membros da Aliança para a Descarbonização da Indústria (Afid) anunciou compromissos para reduzir 51% das emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa (GEE), durante a COP28, em Dubai.

    • Os executivos se comprometeram ainda a aumentar a capacidade instalada de energia renovável dos atuais 84 gigawatts (GW) para 187 GW, em 2030.

    • Com mais de 30% das emissões globais de gases de efeito estufa e quase 40% do consumo de energia, o setor industrial é o segundo maior emissor global, atrás apenas da geração de energia.

    25 GW de geração distribuída. O Brasil chegou a 25 GW de capacidade instalada de geração própria, quase toda de painéis solares montados em residências, prédios e terrenos. Foram adicionados 6 GW apenas em 2023.

    • A geração distribuída responde por mais de 10% da produção de energia elétrica do país, com 2,2 milhões de usinas de microgeração e minigeração

    • Por estado, Minas Gerais e São Paulo ocupam o topo do ranking com 3,3 GW, cada. Rio Grande do Sul (2,5 GW) e Paraná (2,3 GW) vêm logo atrás.

    Alta no consumo de energia. A carga de energia elétrica no Brasil deve registrar um crescimento médio de 3,2% ao ano no período de 2024 a 2028, segundo previsão conjunta elaborada por Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

    • Os órgãos setoriais estimam alta de 3,5% em 2024, para 78.447 MW médios, e taxas próximas a 3% nos anos seguintes, alcançando 89.023 MW médios, em 2028.

    • Nos últimos meses, a demanda atingiu recordes, em meio a ondas de calor que levaram a um maior uso de equipamentos de refrigeração, como ar-condicionado.

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