O Brasil anunciou nesta quinta-feira (30/11) que foi convidado e analisa a adesão à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+). O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou de reunião do cartel no início da tarde e fez elogios ao cartel, que reúne 23 países exportadores de petróleo.
Silveira disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “confirmou nossa carta de cooperação com a Opep+ a partir de janeiro de 2024″.
“É um momento histórico para o Brasil e a indústria energética, abrindo um novo capítulo de diálogo e cooperação internacional do campo de energia”, disse o ministro.
Silveira ressaltou o papel da Opep+ para manter a “estabilidade dos mercados de petróleo e energia”. E afirmou que esta “estabilidade traz consigo benefícios não só a países produtores de petróleo, mas também aos consumidores”.
O ministro afirmou que agora haverá uma etapa de análise pela equipe técnica do governo da carta de cooperação, como parte do protocolo governamental.
“Apenas um detalhe adicional. Está tudo certo, de acordo. Há uma etapa de análise detalhada pela nossa equipe técnica do documento recebido agora há pouco, que faz parte do protocolo do Brasil. E como o Brasil vai presidir no G20, e eu especialmente o trilho de energia e também a COP30 em 2025, é importante que essa adesão do Brasil seja realizada, se possível, em evento presencial em Viena com os demais colegas ministros.”
Corte da produção
Durante a reunião, os países-membros definiram um corte voluntário de cerca de 2 milhões de barris por dia (bdp) na produção de petróleo. A redução é puxada pela Arábia Saudita, que vai estender o corte de 1 milhão de bpd até o primeiro trimestre de 2024, e pela Rússia, que deve produzir 500 mil bpd a menos.