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New Fortress fecha acordo com Petrobras e garante navio para terminal de GNL de SC

FSRU será subafretado pela estatal à empresa norte-americana ao longo de 2024

New Fortress Energy (NFE) fecha acordo com Petrobras e contrata navio FSRU Energos Winter [na foto], para terminal de GNL de SC (Foto: Agência Petrobras)
FSRU Energos Winter (Foto: Agência Petrobras)

RIO – A New Fortress Energy (NFE) chegou a um acordo com a Petrobras para deslocar o FSRU (navio regaseificador) Energos Winter para Santa Catarina e, assim, viabilizar o início das operações do Terminal Gás-Sul (TGS), na Baía da Babitonga, a partir de 2024.

A estatal brasileira vai subafretar a embarcação para a NFE durante o próximo ano.

O Energos Winter operava na frota da Petrobras desde 2009. O navio pertence à Energos Infrastructure – uma joint venture entre o fundo Apollo Global Management (80%) e a NFE (20%) – e está contratado pela Petrobras até o fim de 2024.

A petroleira brasileira, contudo, concordou em repassar o FSRU para a NFE em dezembro deste ano – quando a Petrobras deixará de operar o terminal de importação de gás natural liquefeito (GNL) do Pecém (CE).

TGS, enfim, sai do papel

Com a transferência do Energos Winter, a NFE se prepara para iniciar as operações do terminal da Baía de Babitonga – inicialmente previsto para o primeiro semestre de 2022, mas que atrasou em meio às mudanças no mercado global de GNL após a eclosão da guerra entre Rússia e Ucrânia.

O conflito alterou os fluxos comerciais e de investimentos em direção à Europa – que busca reduzir a sua dependência do gás russo.

A New Fortress tem contrato de suprimento com a SCGás, de cinco anos, para entrega de 150 mil m3/dia, e busca novos clientes – dentre os quais termelétricas e transportadores interessados em contratar o serviço de balanceamento da rede.

O terminal de Baía de Babitonga nascerá conectado ao Gasbol, operado pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG).

O atraso do terminal catarinense gerou insatisfações no mercado local.

Petrobras encerra operação no CE

O Contrato de Operação Portuária entre a estatal e a Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) se encerra no fim do ano. A partir de janeiro de 2024, a propriedade dos equipamentos que compõem o Terminal de Regaseificação do Ceará será transferida para a CIPP.

A intenção da Petrobras é se concentrar nos terminais de regaseificação de GNL da Baía de Guanabara (RJ) e Baía de Todos os Santos (BA).

O ativo na Bahia está arrendado pela estatal à Excelerate até o fim deste ano, mas a intenção da companhia é retomar a operação do terminal em 2024.

Em outubro, a empresa fechou contrato com a mesma Excelerate Energy para afretamento do FSRU Sequoia – que opera no terminal baiano – por dez anos, a partir de janeiro de 2024.

No Rio, o navio afretado pela Petrobras – também junto à Excelerate – é o Experience.