Combustíveis e Bioenergia

Petróleo próximo dos US$ 90 com sanção dos EUA para impor teto à Rússia

Os preços já haviam subido com o aumento da pressão interna sobre Biden para endurecer sanções contra o Irã

Preço do petróleo próximo dos US$ 90 o barril com sanção dos EUA para impor teto à Rússia. Na imagem: Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em comunicado na Casa Branca (Foto: Divulgação)
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em comunicado na Casa Branca (Foto: Divulgação)

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Os Estados Unidos impuseram as primeiras sanções a proprietários de navios que transportam petróleo russo acima do teto de preço imposto pelo G7, em uma tentativa de conter as receitas que financiam a invasão da Ucrânia.

– O limite é de US$ 60 e há regras para derivados. É imposto sobre serviços marítimos, além do transporte. EUA e União Europeia afirmam que a medida foi importante para conter o fluxo de recursos para a Rússia, mas analistas têm apontado que o país consegue consistente driblar o limite.

– As duas primeiras sanções foram aplicadas pelo governo Biden à Ice Pearl Navigation SA, da Turquia, e Lumber Marine SA, sediada nos Emirados Árabes Unidos, segundo informações da Reuters.

Brasil. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em entrevista à Bloomberg News que o Brasil continuará importando diesel da Rússia ou de qualquer fonte que ajude a controlar os preços domésticos.

– Nos EUA, em agendas com empresas e governo sobre transição energética, Silveira afirma que há “entendimento de que os países em desenvolvimento precisam expandir laços comerciais para se fortalecerem economicamente e combaterem a desigualdade”.

– Em setembro, a Rússia chegou a restringir as exportações para reduzir preços internos. O país virou o principal fornecedor externo de diesel no Brasil, superando os EUA.

US$ 89. A cotação do Brent atingiu os US$ 89,53 nesta sexta (13/10) e o barril é negociado no mercado futuro com valorização de 4%, um ganho no patamar do que foi registrado na segunda (9/10), na esteira dos atentados em Israel.

– A Opep manteve sua previsão de crescimento da demanda global, em razão da resiliência da economia mundial este ano e citando os estímulos econômicos da China – importante importadora de óleo e derivados da Rússia e Oriente Médio.

– Os preços já haviam subido ontem, com o aumento da pressão interna sobre Biden para endurecer sanções contra o Irã. A Síria acusa Israel de bombardear os principais aeroportos internacionais do país, em Damasco e Aleppo (DW), danificando as pistas.

O cerco a Gaza se aproxima da ofensiva israelense em terra. O presidente Lula conversou ontem com o presidente de Israel, Isaac Herzog para pedir apoio à abertura do corredor humanitário para o Egito. Um avião brasileiro chegou à Europa, em escala para o Cairo.


Nuclear. Na França, Alexandre Silveira se reuniu com a ministra de Transição Energética, Agnès Pannier-Runacher, e representantes de empresas do setor de energia, com atuação em nuclear – EDF, Framatome e Urano.

– “[Nuclear é um] tema que os países demonstraram interesse em trabalhar juntos e se aproximar ainda mais”, disse a pasta.

–  Silveira também se reuniu com o presidente da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, que produz petróleo no Brasil, além de atuar no segmento de distribuição de combustíveis.

Lei do Hidrogênio. Relatório preliminar da Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio da Câmara propõe um Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono (Rehidro) para apoiar tecnologias menos intensivas em emissões: Rehidro: Política para hidrogênio propõe regime especial de incentivos

US$ 28 bi no Brasil até 2030. Estudo da Thymos Energia estima que o mercado de hidrogênio sustentável, verde ou com captura de carbono (CCUS), deve movimentar globalmente US$ 350 bilhões até 2030. No Brasil podem circular US$ 28 bilhões, cerca de 8% do total. A maior parte deve vir da rota verde, que utiliza renováveis para eletrólise.

Boeing em SP, de olho no SAF. A Boeing abriu um centro de engenharia e tecnologia em São José dos Campos (SP), um dos 15 da empresa no mundo, com 500 engenheiros. Quer aproveitar “o papel pioneiro e a experiência do país no domínio dos biocombustíveis”, segundo a empresa.

– Foi assinado um memorando de entendimento com o governo de São Paulo, com foco em capacitação em engenharia aeroespacial; e com a Unicamp, para ampliar o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de aviação no Brasil.

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