Energia

Apagão: ONS aumenta exportação de energia do Nordeste

Após novos estudos, e reclamação de geradores, Operador Nacional do Sistema liberou o envio de mais carga para o Sudeste, Centro-Oeste e Norte

Onda de calor, que já  chegou ao Brasil, aumenta consumo de energia elétrica. Na imagem: Torre de transmissão de energia de alta tensão durante sunset com céu alaranjado com poucas nuvens (Foto: Pixabay)
Rio, Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba bateram o recorde de temperatura do ano nesse domingo (24/3) (Foto: Pixabay)

O Operador Nacional do Sistema (ONS) aumentou a partir desta quinta-feira (28/9) o volume de energia elétrica exportado do Nordeste para o Sudeste, Centro-Oeste e Norte. A carga tinha sido limitada após o apagão que deixou 30 milhões de pessoas sem luz em agosto.

O limite de exportação foi ampliado de 8.000 MW para 10.800 MW. O volume ainda está abaixo do que era permitido antes da ocorrência, quando o teto era de 13.600 MW.

O retorno ao normal depende da implantação das recomendações feitas pelo ONS para corrigir os problemas identificados durante o apagão. O órgão indicou correções e ajustes para 122 agentes de transmissão e distribuição, além dos geradores.

O apagão nacional começou com a queda da linha de transmissão Quixadá-Fortaleza II, da Chesf, no Ceará, e foi desencadeado por uma falha no controle de tensão de usinas eólicas e solares próximas, que levaram ao acionamento de sistemas de segurança e desencadearam a interrupção do fornecimento em todos os estados conectados ao Sistema Integrado Nacional.

Logo após o incidente, o ONS decidiu restringir a exportação de energia do Nordeste para as outras regiões até que fizesse um estudo mais aprofundado das causas do problema.

A decisão gerou crítica dos geradores do Nordeste, que tiveram que limitar sua operação e chegaram a ameaçar judicializar a questão.

“A revisão dos limites de intercâmbio foi possível após novos estudos utilizando uma nova base de dados provisória para estudos de estabilidade. O objetivo foi estabelecer uma referência alinhada ao desempenho observado das usinas durante a perturbação, uma vez que a causa raiz da intercorrência foi a inconsistência nos dados fornecidos pelos agentes e aqueles aferidos no momento da interrupção”, afirmou em nota o ONS.