Meio ambiente

Acordo do Banco do Brasil com o BID prevê R$ 1,2 bi para bioeconomia na Amazônia

Carta de intenções assinada em Nova York nesta quinta (21) vai viabilizar financiamento de iniciativas com foco em conectividade e energias renováveis na Amazônia Legal

Assinatura do acordo entre BID e Banco do Brasil, em Nova Iorque, para financiar bioeconomia na Amazônia (Foto: Divulgação Banco do Brasil)
Banco do Brasil e BID assinaram carta de intenções para financiar bioeconomia na Amazônia (Foto: Divulgação Banco do Brasil)

BRASÍLIA – O Banco do Brasil (BB) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinaram carta de intenções, nesta quinta-feira (21/9), para viabilizar financiamento de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) em bioeconomia e infraestrutura sustentável na Amazônia.

Os recursos virão da linha de Crédito Condicional para Projetos de Investimento (CCLIP), que tem um valor global de até US$ 1 bilhão.

A operação deve focar em conectividade e fontes de energia renováveis, anunciaram aos presidentes do BID, Ilan Goldfajn, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, após uma reunião em Nova York onde ocorre a assembleia geral da ONU.

Segundo as instituições financeiras, a iniciativa pretende promover um modelo de desenvolvimento inclusivo e sustentável na região a partir de dois componentes.

Um deles é o apoio ao desenvolvimento de empresas e de produtores rurais que fazem parte das cadeias de valor da bioeconomia da Amazônia, com recursos do BID e do Green Climate Fund.

O segundo, para financiamento de projetos de geração renovável e melhoria da conectividade prioritariamente em áreas isoladas, quer substituir geradores que usam fontes de combustíveis fósseis por energia solar fotovoltaica.

Também está prevista capacitação técnica de atores locais na elaboração e aperfeiçoamento de projetos de bioeconomia.

“Serão financiadas soluções financeiras que produzam impacto na geração de renda, melhoria da qualidade de vida e contribuam para a redução de emissões de carbono, por meio do combate ao desmatamento, de conservação da biodiversidade, de uso sustentável do solo e de recursos naturais e para recuperação de áreas degradadas”, explica Tarciana Medeiros, presidenta do BB.

O projeto está alinhado ao Amazônia Sempre, programa guarda-chuva do BID para o desenvolvimento sustentável da região e à Coalizão Verde, formada em agosto, em Belém (PA) por bancos públicos dos países amazônicos.

A expectativa é criar alternativas econômicas para a população local, afirma o presidente do BID, Ilan Goldfajn.

“Vamos aproveitar esse projeto para estruturar as cadeias produtivas vinculadas aos negócios sustentáveis de bioempresas na Amazônia e organizar a promoção comercial dos produtos na região”, diz.

O Banco do Brasil submeteu à Comissão de Financiamento Externo (Cofiex) a carta-consulta, que poderá ser avaliada na próxima reunião do colegiado prevista para dezembro. A Cofiex é um órgão integrante da estrutura organizacional do Ministério do Planejamento e Orçamento responsável por analisar e aprovar a preparação de projetos financiados com recursos externos e com a garantia da União.