A bp anunciou a renúncia imediata de Bernard Looney ao cargo de CEO da companhia. Ele será temporariamente substituído por Murray Auchincloss, atual CFO da empresa, enquanto um processo de investigação relacionado às condutas de Looney continua em andamento.
O conselho de administração da bp começou a revisar as ações de Looney em maio de 2022 após receber informações de uma fonte anônima que trazia alegações sobre relacionamentos pessoais dele com colegas de empresa. Na época, embora Looney tenha admitido alguns relacionamentos históricos antes de se tornar CEO, não foi identificada qualquer violação ao Código de Conduta da Empresa.
No entanto, a investigação ganhou novos contornos com a recepção de novas alegações de natureza semelhante recentemente. Segundo a nota, Looney admitiu que não foi completamente transparente em suas divulgações anteriores, omitindo informações sobre todos os relacionamentos que tinha a obrigação de divulgar de forma mais completa.
“A empresa mantém valores sólidos e o conselho espera que todos na bp atuem em conformidade com esses princípios. Em especial, espera-se que todos os líderes sirvam como exemplos, demonstrando bom senso de uma maneira que conquiste a confiança dos outros”, afirma o comunicado da bp.
A empresa afirmou que, até o momento, não foram definidas decisões sobre possíveis pagamentos de remuneração a Bernard Looney.
O processo está em andamento e a empresa garante estar “lidando com o caso com o máximo rigor”, contando com o suporte de consultoria jurídica externa para garantir uma investigação imparcial e completa.
Executivo lançou meta carbono zero
Na companhia desde 2020, Bernard Lonney foi responsável pelo lançamento da meta carbono zero até 2050 da bp. Na ocasião, a empresa estabeleceu a meta de cortar a produção de óleo e gás em 40% até 2030, com o redirecionamento do investimento para projetos de renováveis, bioenergia e hidrogênio.
Este ano, no entanto, a meta de corte na produção de petróleo foi revista para 25%, após o cenário global, com a guerra da Rússia-Ucrânia, levar ao aumento dos preços do barril e a recordes de lucratividade das petroleiras.