RIO – A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e a SCGás assinaram este mês um contrato de conexão para construção e operação de um novo ponto de saída no Gasbol, em Siderópolis (SC).
A instalação terá capacidade de 1,8 milhão de m³/dia. A previsão é que o ponto esteja em operação até o fim de 2025.
O Ponto de Saída Siderópolis será instalado entre os city-gates de Urussanga e Nova Veneza. De acordo com a SCGás, o ponto de saída Siderópolis solucionará um gargalo crítico para o suprimento do polo cerâmico do Sul.
Com a construção do novo ponto, a distribuidora catarinense poderá requisitar retiradas de gás pelos pontos que compõem a Zona de Saída SC2 até o limite da capacidade contratada.
O reforço do Gasbol
O projeto é um desdobramento da Chamada Pública 03/2021, na qual a TBG se comprometeu a aumentar a capacidade na zona SC2 de 826 mil m³/dia para 1,469 milhão m³/dia a partir de 2024.
Durante a CP 03/2021, a TBG apresentou um projeto de reforço do Gasbol, como uma solução para o impasse em torno da chamada pública – que chegou a ser suspensa temporariamente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a pedido da Sulgás.
Havia uma preocupação de que a oferta atual de gás natural ao Rio Grande do Sul fosse parcialmente transferida para Santa Catarina.
A TBG apresentou, então, um plano para ampliar as estações de compressão (Ecomps) de Araucária (PR) e Biguaçu (SC), transferindo, assim, uma capacidade de saída adicional para o extremo sul do Gasbol.
As Ecomps são responsáveis por aumentar a pressão dos gasodutos. Ampliar uma estação do tipo permite ao transportador elevar – com ganhos marginais – a capacidade de entrega do sistema sem a necessidade de construção ou ampliação de gasodutos.
Com a implementação do reforço das estações de compressão, a TBG assegura uma capacidade extra de entrega de gás ao mercado catarinense, sem que haja perdas na capacidade de envio ao Rio Grande do Sul.
Em paralelo, a TBG tem um projeto, mais estrutural, de ampliação da capacidade do Gasbol em até 7 milhões de m³/dia. Trata-se de uma combinação de novas estações de compressão e alguns trechos de loops (seção paralela a gasodutos existentes) na faixa do Gasbol.
O projeto ainda depende de chamada pública incremental.