O Brasil possui 210 milhões de pessoas e cada uma produz, em média, 343 kg de lixo/ano, o que totaliza algo em torno de 80 milhões de toneladas de resíduos. Esses são os dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) que mostram o potencial competitivo do país para a produção de biometano oriundo dos aterros sanitários, figurando assim como um dos protagonistas mundiais no setor.
E foi esta oportunidade que a Marquise Ambiental vislumbrou dentro do atual contexto do crescimento da energia limpa no Brasil e no mundo. A companhia, que é a terceira maior do país neste setor e atende uma população estimada de 21 milhões de pessoas, coleta uma média de 13 milhões de toneladas/ano de resíduos e realiza o tratamento de mais de 3,6 milhões de toneladas/ano de resíduos.
“Para conseguir transformar lixo em biometano é preciso ter soluções inteligentes nos aterros. Hoje, as tecnologias estão totalmente dominadas para isso e temos um case de sucesso para comprovar. A GNR Fortaleza, que fica localizada no aterro metropolitano de Fortaleza (CE) e é fruto de uma parceria da Marquise Ambiental com a MDC, é a primeira planta de biometano do Norte e Nordeste e a segunda maior do país. Já produziu, em 5 anos de operação, mais de 132 milhões de metros cúbicos (m³) de biometano, o que representa mais de 306 milhões de m³ de biogás, volume suficiente para suprir o consumo residencial de uma cidade inteira com 2,5 milhões de habitantes por um ano ou abastecer a frota brasileira de 1,6 milhões de veículos GNV por duas semanas”, explica Hugo Nery, diretor-presidente da Marquise Ambiental.
Nos aterros sanitários, os resíduos sólidos geram, naturalmente, metano e gás carbônico, dois gases de efeito estufa (GEE) que, sem tratamento, são lançados na atmosfera e contribuem para o aquecimento global. O metano, por exemplo, é 28 vezes mais nocivo ao meio ambiente do que o CO2 (dióxido de carbono).
A operação da GNR Fortaleza evita que, todos os anos, aproximadamente 610 mil toneladas de gases de efeito estufa sejam lançadas na atmosfera.
O biogás pode ser produzido por meio da agropecuária, agroindústria e saneamento, neste último, estão os aterros sanitários. Os atuais números do setor no país, segundo o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) mostram o panorama:
- Atualmente, o Brasil conta com 811 plantas;
- 755 estão em operação;
- 64 são a partir de aterros sanitários – destas 50 produzem energia elétrica e 14 produzem biometano;
- As 14 plantas que produzem biometano em aterros sanitários são responsáveis por 74% de todo o biogás produzido no país atualmente.
Outro dado interessante é que, das plantas que produzem biometano em aterros, apenas seis estão autorizadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). A GNR Fortaleza é a única do país autorizada a injetar sua produção de biometano diretamente na rede de gás natural, que é distribuído pela concessionária Cegás, no Ceará.
“Os números falam por si. Acreditamos que este é o futuro, que passa, em especial por uma mudança de cultura. Por exemplo, se tivéssemos uma separação adequada na origem, certamente esta produção seria ainda mais expressiva. A transição energética é uma mudança de conceito que envolve não só a geração de energia, mas também como a gente lida com o consumo e o reaproveitamento dos resíduos”, finaliza Hugo Nery
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