Biocombustíveis

Petrobras: Centro-Oeste pode justificar novos dutos, diz Schlosser

Além do consumo crescente da região, Centro-Oeste tem potencial para ser um grande fornecedor de matéria-prima para o biorrefino

Centro-Oeste pode justificar novos dutos, pelo aumento da demanda e potencial fornecimento para biorrefino, diz diretor da Petrobras. Na imagem: Diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, concede entrevista ao estúdio epbr durante a Rio Pipeline 2023 (Foto: Victor Cury/epbr)
Diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, vê potencial para investimentos em dutos no Centro-Oeste no futuro (Foto: Victor Cury/epbr)

RIO – O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, acredita que o crescimento da demanda por combustíveis, associado ao potencial do Centro-Oeste como fornecedor de matéria-prima para o biorrefino, pode justificar novos investimentos em dutos na região, no futuro.

Este ano, a Petrobras inaugurou seu terceiro polo de venda no Centro-Oeste, em Rondonópolis (MT).

Até então, a companhia possuía duas bases de entrega na região: os terminais de Brasília (DF) e Senador Canedo (GO), que são abastecidos pela Refinaria de Paulínia (Replan) por meio do oleoduto Osbra (São Paulo-Brasília).

Rondonópolis, por sua vez, é suprido pela Replan via transporte rodoviário.

“Num primeiro momento, lançamos o Polo em Rondonópolis, mas lá ainda não se viabiliza duto. À medida que a demanda passe a crescer, ele passa a ser competitivo e pode, eventualmente, gerar investimento em dutos”, disse Schlosser, em entrevista ao estúdio epbr, na Rio Pipeline 2023.

Outra alternativa seria abastecer Rondonópolis via modal ferroviário.

Segundo o executivo, a transição energética se dará por meio da convivência entre os combustíveis fósseis e os bioprodutos e a logística será um “grande diferencial” na introdução dos novos produtos – em especial os dutos, mais eficientes do ponto de vista das emissões.

Nesse sentido, Schlosser destacou que o Centro-Oeste é uma região estratégica, porque tem potencial para movimentar cargas nas duas direções: na demanda por produtos das refinarias do Sudeste e na oferta de matéria-prima para bioprodutos nas mesmas refinarias.

“O Centro-Oeste é um consumidor grande de combustível e, ao mesmo tempo, pode ser um grande fornecedor de matéria-prima. Trazer matéria-prima para abastecer o biorrefino e devolver em derivados”, complementou.

Acompanhe a cobertura completa da Rio Pipeline 2023 aqui pelo site epbr e pelo estúdio epbr no Youtube