Petróleo em alta com mais sinais de recuperação da demanda

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Você vai ver aqui: petróleo segue em alta com mais sinais de recuperação da demanda; Arábia Saudita estende cortes; EUA e Índia compensam desaceleração na China. Petrobras de olho na alta dos preços internacionais.

Shell avalia entrar no mercado de biometano no Brasil. BNDES aprova ampliação da linha de financiamento para produtores de biocombustíveis. Reforma tributária aprovada na Câmara facilita inclusão de etanol.

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Os contratos futuros de outubro do Brent subiram 1,2%, para US$ 85,43 o barril, enquanto os contratos de setembro, que expiraram nesta segunda (31/7), fecharam com alta de 0,7%, a US$ 85,56.

– A commodity atingiu sua máxima desde o final de abril pela terceira sessão consecutiva, apoiada por sinais de aperto na oferta global e aumento da demanda até o final deste ano. (Reuters)

– A Arábia Saudita deve estender uma redução voluntária de produção de 1 milhão de barris/dia por mais um mês até setembro. Do lado da demanda, estoques americanos dão sinais de queda.

– Já o Goldman Sachs estimou que a demanda global subiu para um recorde de 102,8 milhões de barris/dia em julho e revisou para cima a demanda para 2023 em cerca de 550 mil barris/dia, devido a estimativas de crescimento econômico mais fortes na Índia e nos EUA, compensando uma redução no consumo da China.

Estatal de olho na alta recente dos preços internacionais. A Petrobras afirmou nesta segunda (31/7) que a conjuntura global levou a “uma elevação dos preços de referência e da volatilidade” no mercado de combustíveis. E informou que monitora as oscilações, sem mencionar, contudo, se fará ou não um reajuste nos seus produtos. (epbr)

Equador decidirá sobre futuro do petróleo na Amazônia. Plebiscito no dia 20 de agosto definirá sobre a continuação das atividades de exploração de petróleo na reserva florestal de Yasuni e sobre a mineração na floresta de Choco Andino. A votação vai ocorrer no mesmo dia do 1º turno das eleições gerais do país. (Valor)

Chevron e ExxonMobil miram 1 milhão de barris/dia no Permiano. Embora em ritmos diferentes, ambas as petroleiras planejam chegar à marca na bacia, no shale americano, até 2027. A Chevron atingiu, no 2º trimestre, os 772 mil barris diários de óleo equivalente (boe/dia), enquanto a Exxon 620 mil boe/dia. (S&P Global Commodity Insights)

Petrobras: Biorrefino exigirá infraestrutura própria. O gerente executivo de Logística da petroleira, Daniel Sales, explica que não podem ocorrer pontos de contaminação entre fósseis e produtos com conteúdo renovável na infraestrutura logística e que novos produtos da companhia demandarão dutos dedicados. (epbr)

Especialistas veem complexidades em oferta do gás da União. Durante os Diálogos da Transição 2023, Ieda Gomes, da Oxford Institute for Energy Studies, citou as dificuldades de se operacionalizar a permuta do óleo da União pelo gás, pelo critério da equivalência energética. (epbr)

– Também citou a complexidade de se compatibilizar as contas do lucro em óleo da União (variável) com os compromissos firmes de take-or-pay (retirada mínima) comuns nos contratos de comercialização de gás.

Gas release. Uma das principais vozes em defesa de um programa de desconcentração da oferta de gás natural, a Abrace (grandes consumidores) sugere que a iniciativa seja adotada, num primeiro momento, por meio da liberação do gás que a Petrobras compra hoje de seus sócios, na boca do poço. Ou com a liberação da molécula que a estatal importa da Bolívia – e não com o gás da estatal brasileira propriamente dito. (epbr)

– Ao participar dos Diálogos da Transição 2023, o diretor de gás natural da Abrace, Adrianno Lorenzon, afirmou que o gas release será importante para que o mercado brasileiro comece, de fato, a “testar e descobrir o seu preço”.

Shell avalia entrar no mercado de biometano no Brasil. Falta de infraestrutura para o transporte, contudo, é a primeira barreira a ser quebrada pela companhia, disse a gerente de Vendas e Originação da Shell Energy Brasil, Carolina Bunting. (MegaWhat)

– No início do ano, a multinacional concluiu a aquisição de 100% das ações da Nature Energy Biogas, a maior produtora de biometano da Europa, com sede na Dinamarca.

Crédito para o Renovabio. O BNDES aprovou a ampliação da linha de financiamento para produtores de biocombustíveis para R$ 3,5 bilhões. Segundo a instituição de fomento, o programa está com uma procura elevada e aporte extra de R$ 1,5 bilhão visa atender a demanda do setor até o final de 2024. (epbr)

Na última sexta, a política de biocombustíveis alcançou a marca de 100 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) emitidos no acumulado desde 20 de janeiro de 2020. Cada título equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida.

Reforma tributária aprovada na Câmara facilita inclusão de etanol. PEC 45 prevê regime especial de tributação para combustíveis e lubrificantes, mas texto no Senado ainda deixa em aberto destino do etanol hidratado. (epbr)

Geração própria de energia atinge 23 GW no Brasil. Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina lideram em capacidade instalada. (epbr)

Net zero com petróleo. A petroleira estatal dos Emirados Árabes Unidos, Adnoc, antecipou sua meta de emissões líquidas zero em cinco anos, para 2045. O país vai sediar, no final do ano, a COP28, a principal conferência global sobre clima.

A companhia, que pretende expandir sua produção de petróleo e gás nos próximos anos, também divulgou pela primeira vez as emissões de suas operações, que atingiram cerca de 24 milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2022. (Reuters)

• Nos Diálogos da Transição: Os litígios climáticos estão em alta

EUA propõem elevar os padrões de economia de combustível. O governo de Joe Biden propôs aumentar a média de toda a frota para 58 milhas por galão (algo em torno de 25 km/litro) até 2032, como parte das medidas para reduzir emissões de gases de efeito estufa e consumo de combustível. (Reuters)

A primeira refinaria de lítio em grande escala do Reino Unido, desenvolvida pela Green Lithium, recebeu permissão de planejamento para sua instalação em Teesside. O país ambiciona produzir metais para baterias e está dando incentivos financeiros às empresas.

A Green Lithium pretende investir mais de 1 bilhão de libras ao longo do projeto e produzir 50 mil toneladas de hidróxido de lítio por ano. (Argus)