A Statoil anunciou nesta quinta-feira (14/3) que seu Conselho de Administração aprovou a mudança do nome da empresa para Equinor. A mudança faz parte de uma estratégia para transformar a norueguesa em uma empresa ampla de energia e não mais apenas uma petroleira. A mudança do nome será proposta na Assembleia Geral de Acionistas da empresa no próximo dia 15 de maio. O governo da Noruega, acionista majoritário da empresa, apoiará e votará a favor da proposta.
O nome Equinor vem da combinação de Equi, o ponto de partida de palavras com equal, equality and equilibrium – que significam igual, igualdade e equilíbrio em português e Nor, que sinalizam a origem norueguesa da empresa.
“Para nós, este é um dia histórico. A Statoil há quase 50 anos nos serviu bem. Olhando para os próximos 50 anos, refletindo sobre a transição de energia global e como estamos desenvolvendo como uma ampla empresa de energia, tornou-se natural mudar nosso nome. O nome Equinor capta nossa herança e valores e o que pretendemos ser no futuro “, diz o presidente e CEO da Statoil, Eldar Sætre.
A Statoil é operadora no Brasil do campo de Peregrino, maior projeto de produção da empresa fora da Noruega, e de blocos exploratórios em diversas bacias sedimentares brasileiras, entre eles a descoberta de Carcará, na área do bloco exploratório BM-S-8, no pré-sal da Bacia de Santos. Ontem, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou a entrada da empresa no projeto de Roncador, onde comprou participação de 25% da Petrobras.
“Não estamos mudando o nosso nome porque estamos mudando nossa estratégia. Mudamos nosso nome porque já estamos em transformação. Prova disso foi nosso direcionamento estratégico anunciado no ano passado: portfólio de alto valor, com baixo teor de carbono, e prezando sempre por nossos parâmetros de segurança”, afirmou o o presidente da Statoil no Brasil, Anders Opedal.
Renováveis
Em outubro do ano passado, a empresa comprou por US$ 25 milhões 40% da participação da Scatec Solar na usina de energia solar Apodi, de 162MW, no município de Quixeré, no Ceará. O projeto vai fornecer energia para cerca de 160 mil residências. As duas empresas também acordaram uma cooperação exclusiva para desenvolver, em conjunto, futuros projetos de energia solar no Brasil. A Statoil também irá adquirir 50% de participação na empresa que irá executar o projeto, permitindo-a participar da elaboração e realização de novos projetos em energia solar no futuro.
“O Brasil é e continua sendo um país estratégico para a companhia. Temos aqui projetos de longo prazo, com duração de pelo menos 40-50 anos. As recentes transações da Statoil no Brasil corroboram seu compromisso de desenvolvimento de negócios de maneira segura e sustentável no mercado de energia”, diz o presidente da empresa por aqui.
A Statoil opera o parque eólico Sheringham Shoal, no Reino Unido, que está em produção desde 2012. O parque eólico offshore Dudgeon, no Reino Unido, também operado pela Statoil – e o primeiro parque eólico offshore flutuante mundial, a Hywind Scotland – começam a produzir em 2017.
Em 2016, a Statoil também adquiriu 50% do parque eólico offshore de Arkona, na Alemanha, que entregará energia em 2019.