A Petrobras notificou a BW Offshore informando que vai exercer o direito de extensão por um ano do contrato de afretamento do FPSO Cidade de São Mateus, que atualmente está em lay-up (fora de serviço) em Singapura por conta da explosão da unidade, que vitimou nove pessoas e deixou 26 feridos. A explosão da unidade de produção completou três anos no último dia 11 de fevereiro.
Petrobras e BW ainda discutem um plano firme para a retomada de operação do FPSO, que produzia gás natural em Camarupim. No ano passado, a Petrobras informou à Agência Nacional do Petróleo que pretende retomar a produção da unidade no segundo semestre de 2019. A estatal pediu mais tempo para a retomada das atividades, que inicialmente eram previstas para acontecer em abril do ano desde ano.
A ANP autorizou a extensão do prazo de interrupção temporária da produção até 31 de julho de 2019 e determinou que a estatal apresente relatórios trimestrais, informando o progresso da avaliação das alternativas para retorno à produção dos campos. A petroleira tem até 31 de julho deste ano, ou seja um ano antes de terminar o prazo para retorno da operação da unidade, para apresentar a a revisão do Plano de Desenvolvimento (PD) dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, que deverá contemplar solução que apresente reservas compatíveis com os volumes de reservas e fator de recuperação apresentados no Boletim Anual de Recursos e Reservas (BAR 2016).
Se voltar a produzir no próximo ano, o FPSO Cidade de São Mateus será a quarta unidade de produção prevista para aquele ano, como mostra a ferramenta de FPSOs da E&P Brasil. O projeto, contudo, não está no atual plano de negócios da Petrobras.