BRASÍLIA — A Equinor anunciou nesta sexta (21/7) a assinatura de um acordo com a Denham Capital para a compra da Rio Energy, empresa de energia renovável onshore no Brasil. A aquisição marca a entrada da norueguesa no mercado eólico brasileiro.
O portfólio inclui o parque eólico onshore Serra da Babilônia 1, com 200 MW de capacidade na Bahia, uma carteira de projetos solares fotovoltaica em pré-construção de 600 MW, e mais cerca de 1,2 GW em projetos de energia solar e eólica onshore.
A transação inclui ativos selecionados e funcionários, enquanto a Denham Capital manterá outros ativos.
Com isso, a Equinor terá 100% na Rio Energy. A empresa afirmou que manterá a atual equipe de gerenciamento e um total de cerca de 140 funcionários.
Segundo Pål Eitrheim, vice-presidente executivo para as Energias Renováveis da Equinor, a empresa busca uma uma posição de relevância no setor brasileiro de energia renovável.
“[É] um setor robusto e em rápido crescimento. A Rio Energy nos permitirá acelerar a geração de energia renovável e, consequentemente, o fluxo de caixa. Com ela passamos a ter uma plataforma para crescimento, ao mesmo tempo em que acrescentamos capacidade técnica e uma atraente carteira de projetos”.
Expansão renovável por aquisições
A estratégia da Equinor para avançar com o negócio em energias renováveis onshore aposta na aquisição de empresas locais de mercados selecionados, aproveitando as equipes técnicas e o portfólio de projetos.
Nos últimos anos, a companhia adquiriu diversas empresas do segmento, como a Wento na Polónia, a BeGreen na Dinamarca, a Noriker Power no Reino Unido e a East Point Energy nos EUA.
A Rio Energy será uma subsidiária integral da Equinor, e sua equipe continuará a desenvolver o atual portfólio de projetos.
A estimativa é que a carteira de projetos adquirida traga uma taxa de retorno no limite superior do intervalo indicado pela Equinor: de 4-8% de retorno real para projetos de energias renováveis, incluindo o preço de aquisição.
A energia dos parques está prevista para ser comercializada pela subsidiária Danske Commodities (DC), que recentemente estabeleceu um escritório comercial em São Paulo.
“Para a Equinor, ter a Rio Energy a bordo irá acelerar a nossa capacidade de desenvolver ainda mais o nosso portfólio como uma empresa de energia no Brasil. Ao estabelecer uma posição relevante em energias renováveis no país, juntamente com um portfólio robusto de óleo e gás, estamos apoiando as ambições do Brasil em direção a uma matriz energética diversificada “, diz Veronica Coelho, country manager da Equinor no Brasil.
A transação está sujeita às aprovações das autoridades regulamentares relevantes.